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No RN, 30% dos carteiros aderiram à greve da ECT

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A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) deslocou 187 funcionários da área administrativa para a área operacional, a fim de tentar minimizar os efeitos, no Rio Grande do Norte, da greve que hoje entrou para o sétimo dia.

Greve dos Correios completa uma semana. No RN, paralisação atinge setor de triagem e carteirosOs Correios informaram, por intermédio de sua Assessoria de Comunicação, que dos 1.296 empregados efetivos, apenas 19% aderiram a paralisação deflagada na quarta-feira, dia 14 de setembro.

O chefe da Assessoria de Comunicação, Mauro José da Silva, explicou que apenas o setor dos carteiros, que realmente faz o serviço de ponta entregando cartas, telegramas e outras peças, está com 30% de seu contingente em greve.

Mauro da Silva não soube dizer qual o volume de peças deixou de ser entregue por causa da greve,  mas confirmou que três serviços foram suspensos, nacionalmente – “aqueles de hora marcada” -, que são o Sedex 10, o Sedex Hoje e o Disque Coleta.

Embora com algum atraso, segundo ele, todos os outros continuam sendo oferecidos, devido o mutirão que está sendo feito desde o primeiro dia de greve: “Todas as 198 agências do Rio Grande do Norte estão funcionando normalmente, inclusive a do Seaway em Natal, que foi inaugurada dia 9”.

A sobrecarga maior, continuou Silva, devido ao grande volume de peças, são aquelas relacionadas a faturas de cartão de créditos e correspondências similares, que para o consumidor não ter de pagar juros, está sendo orientado a procurar, pessoalmente, às agências dos Correios, que em Natal são nove, além das nove franqueadas, e ainda tirar o boleto através da internet, serviço que é prestado por todas as operadoras de cartão de crédito.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos do Rio Grande do Norte (Sintect-RN), Francisco Moacir Soares, disse que os empregados em greve estão impedidos de entrar no local de trabalho. Por isso, o Sindicato não tem condições de afirmar que tipo de serviço está deixando de ser prestado aos usuários dos Correios, no entanto, ele disse que, diariamente, cerca de 500 mil peças circulam pelas agências.

Com relação as negociações com os Correios, ele disse que a empresa rejeitou a proposta de reajuste salarial de R$ 400 para o grosso do quadro de empregados, tendo contraproposto R$ 50,00. “Se oferecem R$ 100,00 agora, a gente recuaria da greve, o que daria em torno de 10%  de reajuste salarial para quem está em início de carreira”, atenuou Soares.

Soares confirmou que os Correios, realmente, remanejou pessoal da administração para suprir deficiências na área operacional, principalmente no setor de distribuição, além de usar mão-de-obra terceirizada. “As cartas registradas estão saindo, as cartas simples é que ficam acumuladas, não estão dando vazão”, acrescentou.

Segundo Soares, hoje trabalham nos Correios em torno de 1.400 pessoas, mas só 250, admitiu, estão em greve. É o pessoal que trabalha no “coração” da empresa, que são os operadores de triagem e transbordo, “que recepcionam as cartas que vêm de outros estados e redistribuem para o interior e Natal”.

Além disso, ele acredita que 70% dos funcionários dos Centros de Distribuição Domiciliares (CDDs), que são cinco em Natal, dois em Mossoró e um em Parnamirim, paralisaram as atividades funcionais. “A nossa grande indagação é quanto ao concurso público realizado em maio, nós fizemos muita pressão para contratar efetivo, porque as cartas já sofriam atraso por falta de efetivo e sobrecarga de trabalho dos empregados”, finalizou Soares.

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