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Nova fase prende outro lobista ligado a Dirceu no esquema

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A mais nova etapa da Operação Lava Jato, deflagrada na segunda-feira, 3,
trouxe à tona um novo operador de propinas que atuava como
“representante” do ex-ministro José Dirceu no âmbito da Diretoria de
Serviços da Petrobras, cota do PT no esquema, chamado Fernando de Moura.

A força-tarefa chegou ao nome de Moura a partir da delação do lobista
Milton Pascowitch, que atuava para a Engevix e utilizava sua empresa
Jamp Engenheiros para lavagem de dinheiro de propina. Em seu depoimento,
Pascowitch relatou ter conhecido Moura depois de a Engevix ter vencido
uma licitação da Petrobras para a expansão do terminal do gasoduto de
Cacimbas 2, em 2004, no valor de R$ 1,3 bilhão. “Após a assinatura desse
contrato, o declarante foi chamado por Fernando de Moura, o qual disse
que o contrato foi firmado pelo então diretor de Serviços Renato Duque
em razão do grupo político que ele representava e que deveria ser paga
uma comissão aos mesmos pela obra”, disse o delator em seu depoimento.

Pascowitch aponta que a porcentagem de propina para Moura, no valor de
R$ 5,3 milhões, foi repassada por um contrato de consultoria da Engevix
com a Jamp e, posteriormente, em doações efetuadas por seu irmão José
Adolfo Pascowitch para familiares de Moura.

Em outra ocasião, durante uma conversa entre Renato Duque e Moura na
casa de Pascowitch, Moura acusou Duque de não repassar a “cota” das
propinas para ele e ainda afirmou que o ex-diretor e outro operador que
atuava para a diretoria, o lobista Júlio Camargo, estariam retendo as
comissões.

Foi Moura, a pedido de Dirceu, quem indicou Duque para diretoria da
Petrobras, logo após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003. Por
causa disso, a prisão de Moura na segunda-feira trouxe ainda mais
preocupação aos petistas. Desde então, a relação entre Moura e Dirceu se
estreitou e, segundo quem os conhece, eles se tornaram amigos. O
lobista preso na segunda-feira também mantinha vínculos com o esquema do
PMDB na estatal, por causa de suas relações com Fernando “Baiano”
Soares, Júlio Camargo e Augusto de Mendonça.

Olavo de Moura, irmão de Fernando, foi preso temporariamente na
segunda-feira. A Justiça bloqueou R$ 22 milhões da família. As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estadão Conteúdo

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