Agnelo Alves
Jornalista
Iluda-se quem quiser. Não falta ilusionista e iludido. A crise é econômica, sem dúvida. Mas tem raízes agravantes políticas. A classe política – leia-se, o PT, o partido do governo – foi surpreendido, flagrado com a mão no bolso alheio, e a vítima foi a Petrobras, devorada numa voracidade de apetite nunca antes vista e, com toda certeza, não se verá depois.
Com o divórcio do modelo econômico anterior como tem demonstrado o novo gerente da economia nacional, logo na primeira quinzena de sua atuação, Joaquim Levy conseguiu fixar em sua imagem a postura de que não veio para agradar. Veio para enfrentar a maior crise da história econômica do Brasil em todos os tempos e de todos os governos e sob todos os regimes, Colônia, Império, República, Democracia, Ditadura.
O Ministro Joaquim Levy estreou sua gerência com determinações conhecidas de acordo com sua trajetória profissional e sabendo da reação do PT ao seu pensamento e à ocupação dos cargos antes ocupados pelos petistas. Ponto um. Teve a sua escolha contestada e, pior ainda, a derrubada do palco onde seria anunciada a sua escolha pela própria presidente Dilma. Foi um calor. A temperatura subiu todos os graus até o insuportável, quando bombeiros entraram em ação. Ponto dois. Mantida sua escolha, o ministro abriu o jogo. Ponto três. Assumiu. Começou a jogar. Jogo aberto. Providências anunciadas logo para o primeiro trimestre. Ponto quatro. Foi ao palco internacional e disse o que estava fazendo e iria fazer. Ponto cinco. Então quem tiver um tostão, poupe dois. Quem tiver uma quantia maior, invista. Não gaste. Não jogue fora.
O “saco de bondade” é outro. O anterior fechou. Secou.
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O pão é para todos.
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Prefiro acreditar em superação da crise a partir da segunda metade do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.
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Estados e municípios que se cuidem.
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Está bem planejada a aplicação dos 850 milhões de reais que o Banco do Brasil vai emprestar ao Governo do Estado? Falta, ainda, a aprovação do Tesouro Nacional.
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As primeiras prestações do Complexo Arena das Dunas tiveram a ajuda do governo anterior? De quanto? Quantas prestações foram pagas?
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Agora é economizar tostão por tostão. O governador Robinson Faria ainda não montou sua equipe.
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Os escolhidos empossados e trabalhando têm boa folha corrida.
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E a pergunta que não quer calar: O PT, inconformado, diria mesmo, revoltado, rompe com Dilma ou quem vai para a oposição é o PMDB? Vice-versa?
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Joaquim Levy está mais perto de sair do governo? Outra pergunta que não quer calar.
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Os gregos votaram contra a austeridade. Será que os gregos sabem o quê fizeram com a Petrobras no Brasil?
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O PT votou na Grécia? Mais uma pergunta que não quer calar…
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Em Davos a curiosidade generalizada em relação ao Brasil era a corrupção. Mera coincidência?