Entrevista – Ricardo Orsini
Palestrante do Grupo Abril Educação fala sobre escolha profissional
Convido pelo Complexo Educacional Contemporâneo o professor Ricardo Orsini participou recentemente, em Natal de um ciclo de palestras voltado para segmento educacional junto à comunidade escolar. Orsini, que é coautor do material de Empreendedorismo do Sistema Anglo de Ensino, palestrante do Grupo Abril Educação e consultor em Projetos Educacionais. Aproveitando a oportunidade, conversamos com o palestrante e conseguimos uma entrevista exclusiva focada no tema “escolha profissional” para os jovens estudantes que irão fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Em linhas gerais, qual é a sua visão sobre a escolha profissional?
Esta é uma das decisões mais difíceis a ser tomada ao longo da vida de qualquer pessoa, imagina para um jovem que está hoje no ensino médio. Independente da época – ontem ou hoje – nunca foi fácil para ninguém, sempre foi muito difícil. Imaginando um “cardápio” de cursos, antigamente este cardápio possuía algo em torno de 30 cursos, hoje existem mais 600, lembrando que estão distribuídos em três segmentos: Técnico, Tecnológico e Superior tradicional. O cenário do mercado de trabalho hoje é fantástico. Antigamente a visão que se tinha do mercado era uma visão local, ou seja, da cidade ou estado em que o jovem morava. Hoje a visão deve ser global. O mercado de trabalho destes jovens, não é mais a cidade em que ele mora, mas sim no planeta em que ele mora.
O melhor caminho para o jovem na hora de escolher a profissão é pensar sobre si mesmo? Como ele deve fazer isso?
O melhor caminho é começar pensando no que ele gosta e ir atrás de muita informação, “todas, repito, todas as profissões são do futuro desde que, ele tenha uma visão do futuro”. Quando uma pessoa faz o que gosta em primeiro lugar ele vai ser feliz, consequentemente terá sucesso, com o sucesso terá dinheiro e com o dinheiro ele irá realizar todos os seus sonhos. Nunca escolher uma profissão começando pelo dinheiro. A primeira pessoa a quem ele tem que convencer da escolha, é a ele mesmo. Com informações ele terá os argumentos necessários para justificar a escolha a quem quer que seja, até os próprios pais. Com apoio do Sistema Anglo de Ensino e da Abril Educação, nos últimos 8 anos, tive a oportunidade e a honra de estar com mais de 100 mil jovens por todo o Brasil, do Rio Grande do Sul ao Acre, e posso garantir que todos eles hoje, já têm sonhos.
As influências existem, seja de pais, amigos, professores ou testes vocacionais. Entre tantas, quais os jovens devem escutar mais?
Nascemos com dois ouvidos e uma boca o que sinaliza que devemos escutar mais do que falar. Nesta época então, sugiro que ele ouça todas as opiniões. A somatória, da busca por informações, construção de argumentos e ter ouvido opiniões, facilitará em muito a escolha correta. Nesta hora a Escola tem um papel fundamental em proporcionar aos jovens atividades que levem a pensar no futuro. Estas atividades terão como consequência o gosto pelo estudo. Os pais ainda são o maior agente de influencia, isto não quer dizer que a escolha deva estar baseada somente na opinião dos pais. Uma escolha baseada em informações e fatos, poderá levar os pais a aprenderem e apoiarem a escolha. Nós temos muito a aprender com os jovens.
Quais são os principais veículos ou canais de informação para quem está em processo de escolha da profissão?
Todas as mídias e formas são importantes: internet, jornais, revistas, livros, palestras, tv, rádio e pessoas.
Como os pais devem agir nesse período da vida do filho? Desde quando deve iniciar esse diálogo?
Começar da forma correta é começar ouvindo o filho e buscando saber o que a Escola do filho dele está fazendo para auxiliá-lo neste momento. Jovens hoje, a partir da Nona Série do Ensino Fundamental II podem e devem começar a serem estimulados a pensar na escolha.
