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O poder do Presidente

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Refletores – Valério Andrade [ [email protected]]

Havia chegado o final da campanha de 1968. O alto Comando do Partido Republicano atravessou a noite analisando o que o candidato do Partido Democrata poderia fazer. Pela manhã, examinando as opções, Nixon fez uma observação surpreendente: “O que me preocupa não é o que Humphrey fará, mas o que o presidente Johnson poderá fazer”.

Nos EUA, limitado pelo Congresso e pela Lei, o Presidente pode muito, mas não pode tudo. E assim mesmo o poder presidencial é suficientemente poderoso para influenciar o futuro de uma eleição onde a distância entre os candidatos não ultrapasse cinco pontos percentuais.

Richard Nixon não cometeu erros, porém, isso não impediu que Humphrey, que estava atrás, fosse se aproximando dele. E se o vice-presidente tivesse vencido na Califórnia, Nixon teria sido derrotado.

A serpente presidencial
Entre nós, além do poder imperial da Presidência, não existe Congresso ou Justiça para impor os limites democráticos ao tiranismo petista e ao descarado cinismo do lulismo. Se Dilma não fosse a Criatura gerada no ventre do presidente Lula, teria sido eleita? Se com tudo o que aconteceu e está acontecendo, Dilma teria condições de ser reeleita?

Pois é. Dilma é o ovo da serpente do poder. 

Sem limites
Não há limites para a candidatura presidencial à conjugação dos poderes financeiros e políticos. Oficialmente, e apenas para constar no TSE (que , como se sabe, é presidido por um petista-lulista), a campanha de Dilma já gastou R$ 338 milhões (!). Porém, jamais se saberá quantos novos milhões serão gastos de hoje até domingo.

Imagem na TV
Como no cinema, a imagem, isto é, a conduta dos candidatos, é o foco principal do olho do telespectador. E no debate da Record a imagem de Dilma foi mais impactante do que a de Aécio. Foi a melhor atuação dela e o pior (sem ser ruiu) desempenho dele.

Explicação
Possivelmente, baseado em pesquisas qualitativas, Aécio foi induzido a evitar o confronto direto e a não usar a terminologia impactante. E, como ocorre no xadrez, terminou por perder a iniciativa. Sem usar palavras como “mentiroso” ou “leviano”, mas através da manipulação estatística, Dilma “desconstruiu” (aos olhos do povão) o argumento (factual) de que tudo havia piorado no seu governo.

Alerta vermelho
Pela primeira vez, Dilma passou a frente de Aécio nas pesquisas. O mais grave: Aécio caiu da onda do favoritismo que vinha surfando no 2º turno. Alem da perda da superioridade numérica, ainda existe a reversão psicológica da vantagem.

Aviso (1)
De acordo com Nero Wolfe, meu consultor político desde 1960, não existe outra alternativa para Aécio. Ele terá de partir para o tudo ou nada no debate da Globo desta sexta-feira.

Aviso (2)
Mas a tropa lulista de João Santana não deixará se surpreender, nem deixará Aécio ficar “solto”. Estão exigindo que o debate (como o da Record) seja “engessado”. Se isso ocorrer, seria melhor (para Aécio) que o debate não tivesse acontecido.

Voz do povo 
“Robinson não teria chegado ao 2º turno Por seus méritos, mas por causa de Fátima (Bolsa Família) e da popularidade de Lula no interior do estado”.

Grito
Outro som de filme de terror ecoou na noite de Mossoró: era duplo orgasmo do ódio do casal comemorando as derrotas de Sandra e Larissa Rosado.
 
Frase
 “A eleição não está decidida. Não vamos morrer de véspera. Não somos peru” (Garibaldi: 20/10/14).

Tributo
Minha homenagem à classe médica, que neste desgoverno potiguar, mas não apenas nele, tem sido tão injustiçada e vitimada por um estressante trabalho onde falta tudo na rede hospitalar publica.

Minha gratidão aos médicos Fernando F. Marinho (RJ), Luiz Alberto Marinho, Sergio Marinho, Rômulo Macedo de Faria, Tarcísio Caldas, Ricardo Cardoso Marinho, Carla Karin, Conceição Marinho. Entre os amigos, Ernani Rosado, e, cristalizados na memória da saudade, Otto Júlio Marinho e Eudes Moura.

Luta desigual
Nesta eleição, ao contrário de outras, não existe adversário contra adversário. Henrique também luta contra o Governo Federal (Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, etc), o presidente Lula, o governo estadual, a máquina do financiamento estatal do PT. E ainda falam de “acordão”.

O sono do mal
Conhecedor das almas das trevas, Akira Kurosawa dizia que “O homem mau dorme bem”. Até 31 de dezembro, o cidadão que não foi eleito, mas manda no Estado, não terá insônia.

Tempestade
Ela já está chegando. E vai desabar sobre o funcionalismo Publico Estadual em 2015. Comenta-se no Café São Luiz que o casal de governantes não deixará dinheiro sequer para o pagamento de janeiro.

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