Refletores – Valério Andrade [[email protected]]
Todo monopólio, estatal ou privado, é nocivo ao público. No caso da televisão, o grande prejudicado é o telespectador, seguido da classe artística, que fica sem opções de trabalho. Através das novelas, particularmente nas das seis e sete horas, pode-se constatar, na plenitude da nocividade, o monopólio da Globo.
Sem concorrência, a Globo está concorrendo com a Globo, ou seja, nas comparações da audiência entre a novela que saiu e a que entrou. Por causa do monopólio, que cristalizou a audiência cativa, qualquer novela, independente dos méritos ou defeitos, mantém-se dentro dos limites da faixa do ibope.
A audiência de Boogie Oogie (que é fraquíssima), de acordo com a audiência divulgada por Minha Novela, que é restrita à capital paulista, oscila entre 15 e 17 pontos.
A novela das sete
Vale lembrar que em Natal, por causa do horário de verão, a novela vista no Rio e São Paulo às 19:30, é exibida aqui somente depois do Jornal Nacional.
A audiência de Alto Astral, oscila em torno de quatro pontos, isto é, de 17 a 21. Provavelmente, esse deve ter sido o percentual da anterior e continuará sendo o da próxima novela do horário.
Diante dessa estabilidade, assegurada pela plateia cativa, a Globo há muito deixou de se preocupar com a qualidade das novelas desses dois horários. E o telespectador, mesmo que não esteja gostando, (por absoluta falta de opção) fica sintonizado na Globo, mesmo que, às vezes, nem esteja prestando atenção ao capítulo.
A preocupação comercial
Em relação à novela das 21 horas, por envolver altos custos de produção e por ser a galinha dos ovos de ouro do faturamento, existe um tipo de preocupação inexistente nas demais novelas. Pois, quanto maior for a audiência, mais alto será a tabela e a quantidade de anúncios dos intervalos comerciais.
E por causa da questão comercial, a novela do pique do horário nobre termina sendo mais atraente e melhor do que as duas antecessoras. E, como consequência, apresenta rendimento artístico superior e maior exigência em relação a atuação do elenco.
Em suma: para assegurar uma audiência na casa dos 30, 35 pontos, como acontece com Império, a Globo tem de acrescentar algo mais ao habitual padrão técnico artesanal, cujo dinamismo advém da importação da formula visual e rítmica do cinema americano.
Documentário
Com roteiro do escritor e médico Iaperi Araújo, historiador da temática do cangaço, e direção de Silvio Coutinho, está na fase de pré-produção o documentário Chapéu Estrelado, que narra à trajetória de Lampião no RN, e, principalmente, em Mossoró.
Humor negro
Último pedido do avarento: compre o caixão mais barato.
Conversa de bar
Lula: “Eu dei a Dilma o presente que nenhuma mulher amada ganhou do amante”.
Lula: “Tenho muitos amigos ricos. Meto o pau neles para ganhar as eleições. É isso que o povão espera que eu faça”.
Lula: (depois da 5ª dose): “Serei o novo padinho Cícero do nordeste”.
José Dirceu: (Depois da demissão da Casa Civil): “Todo mundo sabia no Palácio do Planalto que minha lealdade ao presidente Lula era canina.”
Recordações
Da alegria da atriz e cantora Vanja Orico saindo do ostracismo para ser homenageada no FestNatal.
Indicação
Para o escritor Manoel Onofre Jr, aficionado da literatura policial. Está nas livrarias mais um titulo imperdível: “Um Lugar Perigoso” (Companhia das Letras, 2014, 262 páginas). É o mais recente titulo de Luiz Alfredo Garcia-Roza, um autor (no gênero) de categoria internacional.
O K de Hamer
O critico e pesquisador natalense Rodrigo Hamer, através da publicação K (homenagem a Cidade Kane), vem realizando um trabalho inédito entre nós: um informativo sobre diretores e filmes alternativos – ou malditos. A edição de janeiro é dedicada ao mais celebre monstro da categoria: Luiz Bunuel. Distribuído gratuitamente, K pode ser encontrado no box da Sétima Arte, no Shopping Popular.
Lições de amor à vida
Palmas para nossa querida Márcia Carrilho e para a sua permanente alegria de viver e de alegrar a vida dos amigos.
Virou manchete
Presídio Raimundo Nonato : Detentos planejavam matar diretor.
WWW
Segurança: População vê com ceticismo eficácia das rondas contra a violência urbana.
WWW
Segurança: Férias, licenças e cessões tiram 30% do efetivo da PM das ruas.
WWW
SESAP: Dívida de 1,2 milhão paralisa coletas do lixo em hospitais de Natal.
WWW
Barragem: Agricultores de Oiticica ocupam obra e cobram indenizações.
WWW
Saúde: Controle de custos sobre cirurgias dá pistas sobre a máfia das próteses no RN.
WWW
Depois de 19 anos, Datanorte permanece no governo com 991 servidores efetivos e folha pessoal de R$ 62 milhões/ano.
