Enquanto o novo disco não chega, os Titãs seguem apresentando e celebrando as suas três décadas de carreira nos palcos nacionais. O grupo volta a Natal nesta sexta-feira, às 21h, no Teatro Riachuelo. Será o tipo de show que todo fã gosta: basicamente um desfile de hits, boa parte dos anos 80, mas sem deixar de passar pelas outras décadas.
As novidades só virão a partir de maio, segundo adiantou o baixista e tecladista Sérgio Britto em entrevista ao FIM DE SEMANA. Ele estará acompanhado pelos parceiros Branco Mello (voz e baixo), Paulo Miklos (voz e guitarra), Tony Bellotto (guitarra) e o músico convidado Mário Fabre (bateria). A noitada será aberta pela banda local Camarones Orquestra Guitarrística, fazendo seu baile de rock ‘n roll instrumental.
Bate-papo – Sérgio Britto
Baixista e tecladista
Trinta anos de banda não é para qualquer um, o que move os Titãs? Qual o grande tesão que mantém os Titãs unidos no palco?
Basicamente o repertório que construímos nesses 31 anos de carreira e o retorno que o público nos dá toda vez que subimos ao palco.
Quais as músicas que não podem faltar em qualquer show que vocês façam?
São várias: “Polícia”, “Epitáfio”, “Bichos escrotos”, “Flores”, etc.
Em setembro do ano passado os Titãs fizeram show aqui em Natal durante o Festival Mada, e vocês adiantaram que iriam começar a trabalhar em um novo disco de inéditas. A produção já começou? Previsão de lançamento? Tem nome definido?
Sim, já estamos gravando. O lançamento está previsto para o início de maio. Ainda não definimos o nome…
No show desta sexta aqui em Natal vocês incluirão alguma música nova/inédita?
Fizemos alguns shows exclusivos em algumas cidades com dez músicas inéditas! Agora achamos melhor preservar esse repertório até o lançamento do disco.
Além de agradar os fãs mais antigos, como os Titãs buscam renovar seu público? Há essa preocupação ou a banda percebe que já está chegando junto à nova geração?
Isso acontece periodicamente de maneira espontânea. Por exemplo, na turnê que fizemos ano passado com as músicas do “Cabeça Dinossauro” era nítida a presença de gente mais jovem, curiosa pra ouvir aquele repertório ao vivo.
A mídia especializada faz críticas ao rock nacional no tocante à crise criativa. Como vocês reagem a essas declarações?
Não levamos muito em conta a mídia especializada… Por outro lado não há como não concordar com o fato de que o rock brasileiro perdeu muito espaço na mídia e no mercado.
Enquanto compositores, como vocês imaginam que a disputa entre direitos autorais x internet (downloads/pirataria) pode ser equacionada? Ou ainda não há solução para a questão?
Talvez a venda digital ou em streaming, desde que bem regulamentada e fiscalizada, venha a diminuir um pouco esse problema. Não vejo solução a curto médio prazo.
Os Titãs têm restrições quanto às biografias não autorizadas? Qual a opinião de vocês sobre a polêmica?
Não temos nenhuma restrição.