Felipe Gurgel
repórter de Esportes
O que antes era só um sonho para os torcedores do América, está se tornando realidade. Há pouco mais de seis meses, alguns hectares do centro de treinamento alvirrubro eram apenas vegetação e mato. Mas, de uns tempos para cá, a paisagem verde deu lugar aos tratores, caminhões e a trabalhadores que preparam o terreno que fica por trás dos alojamentos das categorias de base, para, em breve, começar a receber as primeiras fundações da futura Arena do América, antes, chamada carinhosamente pela torcida, de Arena do Dragão, fazendo alusão ao mascote do time. A princípio, a inauguração do futuro estádio americano está marcada para acontecer apenas em agosto de 2013. Mas, a expectativa dos dirigentes, conselheiros, torcedores e do próprio diretor de obras rubro, Francisco Sobrinho é de que, em abril do próximo ano, o time já possa atuar em seus domínios, durante o campeonato estadual.
“Mesmo com as chuvas que estão caindo em Natal nas últimas semanas, o nosso cronograma está em dia. Tivemos um pequeno atraso, mas, nada que comprometa o andamento das obras. Estamos com a fase de terraplanagem 70% concluída e muito em breve, em setembro devemos começar as fundações e a colocação da superestrutura, que são os pré-moldados. Com isso, existe uma boa possibilidade de que possamos entregar a primeira etapa em abril. Então, é seguro dizer que a tendência é que de joguemos o segundo turno do estadual de 2013 já no nosso estádio”, revela Sobrinho, que além de ser conselheiro, é o engenheiro da comissão de construção da Arena.
A primeira etapa da obra está avaliada em R$ 7,5 milhões e, de acordo com o engenheiro responsável, parte desse valor já está garantido. O restante, a torcida vai ter que ajudar a garantir.
E, para que isso efetivamente aconteça, Francisco Sobrinho faz um apelo aos torcedores: que eles continuem comprando cadeiras cativas e VIP´s, para que a obra continue no ritmo em que se encontra. “Nosso planejamento está em cima das 12 parcelas que os torcedores vão pagar, depois de terem comprado camarotes, cadeiras, área vip. Então, se quisermos antecipar esse prazo, se faz necessário que os torcedores comprem mais espaços na Arena. Isso é muito importante”, adianta o engenheiro responsável pela obra.
Caso a primeira etapa fique pronta em abril do próximo ano, a capacidade inicial é de sete mil lugares, entre cadeiras, camarotes e arquibancada inferior. Esse local, seria na lateral do campo de futebol. Além disso, parte do estacionamento, cabines de imprensa, restaurantes, bares, praça de alimentação e os vestiários para os times e árbitros, também serão construídos
Algumas ações serão tomadas para que a obra não atrase. A primeira, que já começou, é a arrecadação de materiais de construção e cimento, por parte da torcida. “Já existe um pessoal, na cidade de São José de Mipibu, que está arrecadando cimento por lá. E a coisa vem fluindo bem. Já temos uma boa quantidade de sacos de cimentos para quando as fundações começarem”, afirma Sobrinho.
A área utilizada até o momento, é de cerca de 10 hectares, mas, que devem aumentar para 12, quando todo o projeto for concluído. Mesmo com o tamanho da obras, o dirigente faz questão de tranquilizar os torcedores que possam pensar que o América venha a alienar algum área de seu patrimônio, em Parnamirim, para arrecadar verbas para as obras. “Quem está construindo a Arena é o próprio América e seus torcedores. Não vendemos nenhum terreno nem alienamos nenhum patrimônio do clube. Esse estádio é do América, para o América e para os torcedores”, orgulha-se.
“Ainda estamos buscando parcerias com as empresas alemãs. Posso dizer que em relação ao gramado ecológico, as conversas estão mais adiantadas. Inclusive, eles devem vir aqui”, disse Sobrinho.
Dinheiro em caixa é para as obras da Arena
O dinheiro arrecadado até o momento com a venda das cadeiras especiais e vip´s e dos camarotes, vai ser todo revertido para a construção da Arena do América. De acordo com o presidente do conselho deliberativo americano, José Rocha, que também já foi chefe do administrativo rubro por três oportunidades, afirma que não existe a menor possibilidade da verba existente ser colocada no futebol do clube. “Todo o dinheiro arrecadado com a venda dos camarotes e das cadeiras especiais será usado exclusivamente no estádio, pois tanto eu como Dr. Medeiros não admitimos que o dinheiro seja usado no futebol. Aliás, não permitimos”, afirmou o presidente do conselho deliberativo.
O atual chefe do CD também revela que nenhuma parte do terreno americano em Parnamirim sofrerá com a construção do estádio. Apenas as áreas que já estão demarcadas. Com essa notícias, as categorias de base do clube podem ficar tranquilas, que seus campos continuarão nos mesmos locais em que se encontram. “Estamos usando apenas 10 hectares do nosso terreno e isso é outro ponto positivo, pois ainda ficaremos com aproximadamente 12 hectares para futuras construções. Agora, é importante frisar que nestes 10 hectares estão inclusos campo, estacionamento, bar e restaurante. Portanto, não mexeremos nos atuais campos de treinamentos”, disse.
