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O troco de Marta

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Refletores – Valério Andrade
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Foi manchete na primeira página dos jornais paulistas e cariocas o pedido de demissão da ministra da Cultura. Ao contrário do seu colega da Fazenda, Guido Mantega, que se mantém agarrado no cargo, mesmo depois da suprema humilhação de saber que seria demitido pela imprensa, Marta Suplicy não deu a Dilma o prazer de demiti-la.

A ministra de Lula
A nomeação de Marta, em setembro de 2012, foi uma exigência de Lula, que, a contragosto, Dilma acatou. Em contrapartida, a presidente desprestigiava – pessoal e administrativamente – a ministra. Contam-se nos dedos de uma mão as vezes que Marta foi ao Palácio do Planalto.

Saiu atirando
A presença de Marta tornou-se intolerável para Dilma quando a ministra aderiu ao movimento “Volta, Lula”. A partir daí, nem Lula, que voltou a se sentir um semideus, seria capaz de operar o milagre segurá-la no Governo. Antecipando-se à canetada presidencial, Marta saiu atirando: “espero que a senhora resgate a confiança e credibilidade ao seu governo”.

Revelação adicional
O clímax da afronta pública de Dilma à ministra da Cultura ocorreu na reeleição. Em vez de Marta, a presidente convocou Juca Ferreira, que foi ministro da Cultura no segundo governo Lula, para articular, no Rio e São Paulo, o apoio e a participação de artistas e cantores no horário eleitoral.

Paradas gay
Até o final do ano, estão programadas uma série de paradas gay no Rio. A mais famosa – a de Copacabana – está programada para amanhã, domingo, dia 16. Até o Complexo do Alemão, a gigantesca favela, cenário de confrontos entre traficantes e policiais, vai ter a sua parada. Resta saber quantos bandidos vão sair do armário.

Emoção
O Festival Internacional de Televisão, promovido pela Oi Futuro, no Rio, prestou homenagem ao seriado “A Grande Família”, exibindo cenas dos bastidores do último programa. Na platéia, uma de suas protagonistas, Marieta Severo, não conteve as lágrimas.

Mil e uma noites
Na parada que fez no Quatar, antes de ir participar na reunião G20, na Austrália, Dilma hospedou-se no Hotel St. Régis, na suíte presidencial de 700 metros, que ocupa dois andares, com vista panorâmica para o Golfo Pérsico. Estimativa (mínima) da diária: R$ 30 mil.

A comitiva presidencial, com mais de 15 pessoas, entre as quais, Paula, a filha de Dilma, também ficou hospedada no Hotel St. Régis. A assessoria de imprensa da presidente divulgou que as diárias do hotel foram pagas pelas “autoridades locais”, sem, porém, informar os nomes dos pagantes.

Palmas, na plateia e no palco
No final da peça “Timon de Atenas”, domingo (dia 09/11), a atriz Vera Holtz comunicou ao público a presença de Fernanda Montenegro. E a grande atriz, que de pé aplaudia o elenco, passou a ser aplaudida por Vera e demais participantes da peça – e também pela platéia do Teatro Maison de France.

Shakespeare
O gênio está em cartaz em três peças no Rio: “Timon de Atenas” (com Vera Holtz no papel masculino do título); “Rei Lear” (com Juca de Oliveira); “Ricardo III” (com Gustavo Gasparini, no papel imortalizado no cinema por Laurence Olivier).

E o vento levou…
Até o nome tradicional, “Lucas”, mudou para “Garota de Copacabana”, mas o restaurante continua no mesmo lugar, na Av. Atlântica, esquina com a Rua Souza Lima. Foi aqui, em 1987, por iniciativa do crítico de cinema Fernando Albagli, que houve a primeira reunião do Grupo de Amigos do Festival de Cinema de Natal.

Voltei ao “Lucas” desta vez somente com uma participante daquelas inesquecíveis reuniões: Heloisa Fonseca, viúva de Fernando, que, infelizmente, partiu há oito anos, deixando boas lembranças e muitas saudades.

Reencontro
Sempre que venho ao Rio me encontro, numa pequena cafeteria de Copacabana, na rua Rainha Elizabeth, com Wilson Cunha, o ex-crítico de cinema do Jornal do Brasil que ficou nacionalmente conhecido como apresentador do programa “Cinemania”, da Rede Manchete.

Por ter encerrado (precocemente sua carreira jornalística), me tem feito valiosas doações de seu arquivo cinematográfico. Ele assistiu ao primeiro FestNatal, em 1987, e desde então, passou a prestigiá-lo na televisão e na imprensa carioca, e, ultimamente, participando da seleção de filmes de longa-metragem.

A pergunta
A pergunta que Wilson me fez é a mesma feita por atores, atrizes, diretores, produtores, jornalistas: “O que houve com o FestNatal? Por que não vai ter este ano?”.

Acabar, não acabou. O que ocorreu em 2014, não deveria ter acontecido, mas aconteceu. Esperamos, contudo, que não volte a acontecer em 2015.

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