A Ordem dos Advogados do Brasil do Rio Grande do Norte vai, formalmente, cobrar explicações ao presidente da Câmara Municipal do Natal, vereador Albert Dickson (PP), sobre os episódios de ontem no Legislativo Municipal, onde houve manifestação, confronto entre guardas e população e o acesso ao prédio foi bloqueado tanto para a OAB quanto para a imprensa. Na manhã desta sexta-feira (19), a assessoria de imprensa da CMN disse que o vereador ainda vai analisar se vai se pronunciar sobre o fato.
De acordo com o advogado Daniel Pessoa, da comissão de Direitos Humanos da OAB, o que houve ontem foi uma “selvageria”. O bloqueio à entrada da OAB e da imprensa, na opinião do advogado, “é um absurdo e a Câmara precisa dar explicações sobre o fato”.
“A imprensa e a OAB são dois pilares da democracia. Uma casa de representação política da população negar acesso ás instituições é algo muito preocupante”, disse Daniel Pessoa.
O membro da OAB explicou que só conseguiu a liberação para adentrar o palácio Padre Miguelinho através da intervenção do vereador George Câmara (PCdoB).
#SAIBAMAIS#”Quando entrei, o que vi foi um ato de selvageria. Guardas legislativos avançando sobre pessoas que estavam sentadas no chão. Usaram cassetetes, aplicaram spray de pimenta e deram choques nos manifestantes. Minha primeira reação foi questionar e, em seguida, filmar o que ocorreu”, disse (veja vídeo da ação abaixo).
Por não conseguirem o contato com a Presidência da CMN, a OAB vai fazer a notificação oficial ainda hoje. “Como se tentou várias vezes contato com Mesa Diretora e o presidente, mas não se conseguiu falar com eles, nem durante a tarde nem à noite, a OAB vai oficialmente solicitar uma audiência para o presidente explicar as razões de impedir o acesso da OAB e imprensa”, disse.
A reportagem da TN tentou o contato com o vereador Albert Dickson, sem sucesso. A assessoria de comunicação da CMN disse que aguarda a resposta do vereador, se ele vai se pronunciar ou se emitirá nota. Ainda nesta manhã, um fotógrafo da TN também foi impedido de entrar na CMN pelos guardas legislativos. A assessoria de comunicação disse que vai averiguar o que ocorreu.
