Placas de desvio, pequenos trechos de estrada sendo terraplenados e outros pavimentados, algumas máquinas e trabalhadores, além de muitos buracos e um lamaçal – agravados com as chuvas. Na manhã de ontem, esse era o cenário nos locais onde estão sendo feitas as obras de mobilidade do Pró-Transporte na zona Norte de Natal. A TRIBUNA DO NORTE visitou os locais para verificar o andamento das obras, que, segundo os operários, estão sendo “tocadas” normalmente, a não ser nos dias de chuva, quando não é possível trabalhar.
A informação é confirmada por Juliano Galvão, diretor comercial da IM Comércio e Terraplenagem Ltda, empresa responsável pelas obras do Pró–Transporte na zona Norte. De acordo com ele, a única coisa que atrapalhou os serviços nos últimos 40 dias foi a ocorrência de chuvas. “Estamos fazendo a terraplenagem e pavimentação. Então, dependendo da intensidade da chuva, é preciso de dois a três dias de sol para darmos continuidade ao trabalho”, justificou.
#SAIBAMAIS#Os imóveis que estão no caminho das obras e que ainda não foram desapropriados – 450, segundo a conta do Governo do Estado – são, obviamente, o principal empecilho do projeto, por isso a empresa vem trabalhando somente nas áreas onde não há casas nem terreno para desapropriar, o que torna tudo muito lento, apesar do Governo vir tentando dar celeridade na homologação dos processos em que houver acordo.
Propagada como a obra que solucionará os problemas de mobilidade urbana na zona Norte, o Pró-Transporte está orçado em R$ 88 milhões, com financiamento do Pró-Investe. O projeto foi assumido pelo Governo do Estado no ano passado e tem conclusão prevista para novembro de 2015.
A obra consiste na criação de dois grandes eixos em pista dupla que vão ligar o gancho de Igapó até a ponte Newton Navarro. O primeiro, denominado Eixo Fronteiras, parte do Gancho de Igapó, na Av. Tomaz Landim, percorrendo a Av. das Fronteiras, a Av. Rio Doce e a Av. Tocantínea, até o entroncamento com a Av. Moema Tinoco.
O segundo grande eixo, chamado de Eixo Moema Tinoco/Conselheiro Tristão, é a continuação do primeiro, ao longo da Av. Moema Tinoco e a Av. Conselheiro Tristão, até o encontro com a Av. João Medeiros Filho (estrada da Redinha).
Todo esse trecho, cerca de 11 quilômetros, será composto por seis faixas, três pra cada lado, sendo que duas faixas serão exclusivas para o transporte público. Além disso, o prolongamento da Moema Tinoco, em um trecho de 3 km, diminuirá consideravelmente o trajeto para as praias do litoral norte do Estado.