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Obras na BR-101 causam transtornos

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Valdir Julião

Repórter

O valor de R$ 13,5 milhões é quanto o Departamento Nacional de infraestrutura (Dnit) já pagou  pelas indenizações a proprietários de imóveis localizados ao   longo dos 81,4 quilômetros da rodovia federal BR-101, que está sendo objeto  de duplicação em dois trechos entre Natal e a divisa do Rio Grande do Norte com a Paraíba.

O Dnit falta fechar acordo com  apenas 15 processos do  lote 1, de um total de 222 processos, justamente no trecho compreendido entre o viaduto da avenida Salgado Filho, em Neópolis, e a entrada  de Arês.  Segundo o Dnit,   do lote 2, no que compreende o trecho entre Arês e a divisa RN/PB, estão pendentes de acertos 40 processos, no valor de R$ 4 milhões. O total é de 78 processos de desapropriações.

O superintendente regional do Departamento Nacional de infraestrutura de Transportes (Dnit), Fernando Rocha, disse que a  desapropriação de imóveis para as obras de duplicação e restauração da rodovia federal BR-101 não é um problema que vá prejudicar o andamento das obras, que estão previstas para terminar no fim do ano. “Essa é a informação que temos do  Ministério do Exército. As obras serão  entregues em dezembro”, disse ele.

Fernando Rocha também falou sobre os transtornos causados ao tráfego de veículos, inclusive sobre os acidentes que têm ocorrido na BR-101, que, segundo ele, em 96% dos casos são provocados por falhas humanas.  “A obra ideal é a que não tem um único acidente”, disse ele.

Rocha explica que o Dnit fez a sinalização necessária para a prevenção de acidentes que não são causados por falha humana. “É em cima desses 4% restantes que a gente trabalha para evitar acidentes”, garantiu ele, como o que ocorreu no dia 22 de setembro, quando um caminhão para não bater na traseira de outro veículo, desviou e atingiu uma van, matando uma jovem.

Para o superintendente do Dnit, toda a obra por si só causa transtornos.  – “Não tem jeito”, diz ele, que comparou, proporcionalmente, “a mesma coisa de se fazer a reforma numa casa”.

Ele explicou que as obras de ampliação da BR-101, como também a restauração do antigo trecho, que tem por volta de 40 anos de uso, exigem um tratamento mais especial num trecho de quatro quilômetros, no chamado Vale do Curimataú.

Rocha explica que naquela área, em virtude do solo ser muito mole, através dos anos o leito da rodovia foi cedendo. Por isso, ocorre um desnível em vários trechos da estrada, que é notado quando o motorista se aproxima das pontes construídas na rodovia.

Para evitar que no futuro ocorra o mesmo com a pista nova da BR-101, técnicas mais modernas, inclusive de drenagem, estão sendo usadas para que o solo não ceda.

Com relação à pista antiga, que será toda restaurada depois de concluída a construção da nova pista, ele explicou que o solo já baixou o bastante, a ponto de se estabilizar, mas que não compromete o tráfego de veículos no Vale do Curimataú, que vai da  entrada do município de Canguaretama até o município de Baia Formosa, na divisa com a Paraíba. Nesse trechos será feito um trabalho para acabar com o desnível da pista. De qualquer modo, o motorista que trafegar pela BR-101 tem de ter mais atenção, em virtude da presença de máquinas e caminhões que trabalham na obra.  A pista também está desgastada em alguns trechos, como na entrada para Nísia Floresta.

Duplicação exige obras de artes

A duplicação da BR-101 nos dois trechos entre Natal e a divisa com a Paraíba necessita da construção de uma série de obras de artes. Algumas já estão concluídas ou em andamento.

Nas zonas urbanas das cidades cortadas pela rodovia federal são necessárias obras como as duas passarelas para pedestres e a construção de duas marginais, em Parnamirim.

Já em São José do Mipibu vai  ser construída uma passarela e duas vias marginais, enquanto em Goianinha, uma passarela para pedestre, duas vias marginais, dois viadutos sobre retorno, dois viadutos sobre ferrovia e uma passagem interior para os chamados “treminhões”, como  são chamados os caminhões a cuja carroceria principal, é acoplada uma outra, para o transporte de cana-de-açúcar, principal atividade econômica da região do Litoral-Agreste.

 Em Canguaretama, a previsão é de se construir uma passarela, duas vias marginais e dois viadutos sobre ferrovia. Em Baía Formosa, será construído um acesso/retorno e passagem inferior e, finalmente, em Arês, vai ser construído um acesso/retorno passagem inferior.

O superintendente regional do  Dnit, Fernando Rocha, explica que três novas pontes serão construídas com a duplicação da BR-101, no leito dos rios Baldum, Trairi e Jundiaí.

Com relação ao lote 1, o trecho mais crítico é aquele situado no aterro do rio Pitimbu, onde o Exército construirá uma obra de drenagem e escoamento das águas, para a construção das marginais até Parnamirim. “Esperamos iniciar as obras em 15 dias”, afirmou Rocha.

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