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Oferta estaria sob risco

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Uma matéria publicada na Folha de S. Paulo diz que há risco de faltar combustíveis no fim do ano e que o Rio Grande do Norte é um dos seis estados mais vulneráveis. Parte do combustível que abastece o RN chega em navios, o que aumenta o risco, segundo a matéria. O transporte por navios, já sujeito a intempéries, sofre com a falta de infraestrutura dos portos, diz o texto. O governo federal não confirmou nem negou a possibilidade de desabastecimento no país.
Alta no consumo, baixa na produção e dificuldades na distribuição aumentariam risco de escassez nos postos
Procurados ontem pela TRIBUNA DO NORTE, o Ministério de Minas e Energia preferiu não se pronunciar e a Agência Nacional de Petróleo (ANP) disse que o abastecimento no Brasil, tanto de diesel quanto de gasolina, está ocorrendo de forma regular. Segundo a Agência, casos pontuais envolvendo o abastecimento de gasolina, ocorridos recentemente em alguns locais, já foram sanados. Alta no consumo, baixa na produção e dificuldades na distribuição ajudariam a explicar o cenário.

De acordo com Antônio Cardoso Sales, dono de postos e presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do RN (Sindipostos), entre 60% e 70% dos postos do estado têm estoques que duram entre 2 e 3 dias. O estado, na visão de Antônio, não estaria preparado para enfrentar um desabastecimento. “A gente escuta falar que o país terá problemas de desabastecimento, mas não sabe o tamanho desse problema”, diz.

Segundo a Folha, técnicos do Ministério de Minas e Energia, da Agência Nacional de Petróleo, da Petrobras, produtores de etanol e distribuidoras de combustível estariam se reunindo desde outubro para encontrar uma alternativa e evitar o ‘desabastecimento’. O governo estaria traçando um plano emergencial, que envolveria a ampliação da capacidade de transporte e de armazenamento.

Em entrevista à Folha de São Paulo, Antônio de Pádua, presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), que representa os produtores de etanol de todo o país e participa das reuniões, afirmou que “há uma grande preocupação com o curto prazo”. A TRIBUNA DO NORTE tentou entrevistá-lo, mas foi informada que ele não teria disponibilidade para atender ao jornal dentro do prazo. A Petrobras, que importou 2,4 bilhões de litros de gasolina para abastecer o mercado interno entre janeiro e setembro, preferiu não se pronunciar.

Palestrante convidado do 1º Fórum de Energia do RN, Alberto Fontes, diretor da Petrobras Biocombustíveis, disse ontem não acreditar em desabastecimento. “Isso é mera especulação”. O ex-secretário estadual de Energia e atual diretor-geral do CERNE (Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia), Jean Paul Prates, um dos idealizadores do fórum, compartilha a mesma opinião. “Trata-se de uma onda alarmista”.

A produção de combustíveis é um dos temas abordados no 1º Fórum Estadual de Energia do RN, que se encerra hoje no auditório da Assembleia Legislativa.

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