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ONS descarta falha humana

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Rio (AE) – O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) trabalha com a hipótese de que raios possam ter provocado o apagão da última terça-feira, que deixou 6 milhões de pessoas sem luz em 13 Estados brasileiros. “Vamos analisar se houve descarga atmosférica para ver se tem algum equipamento chamuscado, o que é uma hipótese”, disse o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, que participou de reunião com representantes do Ministério das Minas e Energia e das empresas para debater o problema. A declaração, porém, provocou irritação no Palácio do Planalto. Segundo o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann, a presidente Dilma Rousseff reafirmou que o “sistema elétrico brasileiro é à prova de raios”. “O Brasil é um dos países com maior quantidade de raios no mundo. O sistema elétrico brasileiro foi montado para ser à prova de descargas elétricas, com uma gigantesca rede de para-raios. Se os raios foram realmente responsáveis pela queda de fornecimento de energia, cabe ao ONS apurar se os operadores estão mantendo adequadamente sua rede de para-raios”, disse o ministro, em breve declaração à imprensa.
Dilma lembra que rede distribuidora de energia é uma das mais protegidas do mundo contra raios
Já Chipp, durante um intervalo da reunião, descartou falha humana e revelou que pretende buscar informações junto aos institutos especializados para identificar se no momento do apagão havia a ocorrência de raios no Tocantis. “Veremos isso. Certamente, eles têm essas identificações”, explicou. O encontro na sede da ONS, no Rio de Janeiro, durou cerca de 3 horas e nenhum dos participantes, além de Chipp, se manifestou sobre o blecaute de terça-feira.

A expectativa do diretor-geral da ONS é de que as causas do apagão sejam conhecidas dentro de 15 dias. Um relatório preliminar será encaminhado para análise da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).  “O relatório será enviado posteriormente ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). Os dois órgãos irão avaliar o documento e irão dizer se os procedimentos adotados foram corretos ou se são necessários ajustes”, explicou.

#SAIBAMAIS#Chipp voltou a descartar qualquer relação entre os sucessivos recordes no consumo de energia e o blecaute, reforçando o coro de outros representes do governo. Segundo ele, nenhuma linha de transmissão opera atualmente fora do limite no País.

Apesar das negativas, dados da ONS mostram que o País registrou mais um pico de consumo de energia – o segundo esta semana. Além do pico nacional, as regiões Sul e Sudeste/Centro-Oeste, separadamente, também bateram recorde de envio de carga. Na última terça-feira, o País registrou pico no consumo de energia do às 14h02, um minuto antes dos dois curto-circuitos quase simultâneos que derrubaram o trecho Miracema (TO) – Colinas (TO) da Interligação Norte – Sudeste. “Descartamos completamente que houve sobrecarga”, disse.

Mesmo diante desse cenário, Chipp descartou a necessidade de um racionamento de energia no País. Sobre as condições de abastecimento, o executivo pondera que o ONS está focando no curto prazo para administrar o sistema durante esse período de escassez. “As chuvas virão. Nunca teve um ano em que as chuvas não vieram. Só espero que venham nos lugares adequados para ficarmos mais tranquilos”, afirmou o operador, em referência sobre a necessidade de as chuvas ocorrerem nas principais bacias hidrográficas do País.

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