A Polícia Federal preferiu manter o mistério sobre o inteiro teor da Operação Cactus, deflagrada na manhã desta quinta-feira (21), no Ceará, Rio Grande do Norte, Goiânia e Distrito Federal. Durante entrevista coletiva na tarde de hoje, a delegada-chefe da Polícia Federal do Ceará, Cláudia Braga, não detalhou a operação e quais as suspeitas sobre irregularidades em repasses de recursos da União a municípios beneficiados por ações do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs). A PF, no entanto, confirmou que as irregularidades estão relacionadas ao Dnocs, mas disse que operação segue em segredo de Justiça.
A Operação Cactus foi deflagrada pela Polícia Federal do Ceará em conjunto com a Controladoria-Geral da União. A investigação tem como foco supostos desvios de recursos públicos transferidos pela união para municípios cearenses através de convênios e contratos de repasses via Dnocs.
#SAIBAMAIS#Mais cedo, a Polícia Federal confirmou o cumprimento de 62 mandados judiciais de busca e apreensão. A sede do Dnocs, em Fortaleza, foi um dos locais que recebeu políciais federais logo nas primeiras horas da manhã. Além da capital do Ceará, também foram cumpridos mandados em Aiuaba, Apuiarés, Barbalha, Canindé, Catarina, Guaraciaba do Norte/CE, Iguatu, Irauçuba, Itapipoca, Itapiúna, Juazeiro do Norte, Morada Nova, Mucambo, Quixeramobim, Reriutaba, Saboeiro, Tarrafas, Tejuçuoca e Ubajara, além de Natal, Aparecida de Goiânia (GO) e Brasília (DF).
Em Natal, um dos mandados de busca e apreensão foi cumprida na casa do ex-diretor do Dnocs e ex-deputado estadual Elias Fernandes. Não há a confirmação sobre onde foi cumprido o outro mandado. O ex-deputado garantiu que estava tranquilo e que repassou à PF todas as cópias de documentos que tinha referente ao período em que comandou o Dnocs. Elias Fernandes disse que estava tranquilo.
