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Os ditadores de Lula

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Em sete anos de governo o presidente Lula recebeu em Brasília 12 ditadores. O primeiro foi um tal de Blaise Compaorê, ditador de Burquina Fasso, infeliz e atrasadíssimo país da África. Andou por aqui em 2003. O último foi o chefão do Irã, Mahmoud Ahanadinejad, abraçado por um Lula todo risonho – feliz da vida mesma – início desta semana em Brasília. Os jornais lá de baixo publicaram a lista completa, começando por Raul Castro, irmão de Fidel, que mandam e desmandam em Cuba desde 1959.

Seguem os nomes: Yahya Jammeh, de Gâmbia (África), em 2005; Teodoro Obiang Nquena, de Guiné Equatorial (África), em 2008; José Eduardo dos Santos, de Angola (África), 2005; Abdullah II, rei da Jordânia (Oriente Médio), 2008; Pervez Musharraf, do Paquistão (Ásia), 2004; Islam Karimou, do Uzbequistão (Ásia), 2009; Nursultan Nazarbayev, do Cazaquistão (Ásia), 2007; Hujintao, da China (Ásia), 2004; Tran Doc Luon, do Vietnã, 2004.

No rastro desse outro palanque do presidente Lula, o editorial do jornal Estado de S. Paulo, de ontem, publicou um editorial sobre a visita do presidente do Irã com o título “O gol contra de Lula”. Transcrevo alguns trechos:

– O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que deixou ontem Brasília, é o mesmo que ali desembarcou 24 horas antes. Em nenhuma fala pública, em nenhum documento assinado, ele emitiu algum sinal, por tênue que fosse, que o seu anfitrião Lula da Silva poderia invocar como evidência do acerto de tê-lo convidado. O presidente brasileiro quer passar ao mundo a imagem de grande promotor do diálogo como instrumento insubstituível para a solução de conflitos locais, regionais ou globais.

– O Brasil, nessa perspectiva, já teria adquirido estatura, prestígio e respeito para se credenciar a esse papel e exercê-lo com êxito? Não está claro onde isso teria acontecido, salvo, quem sabe, no Haiti. Mas o ponto da megalômana diplomacia lulista, para justificar a acolhida a uma figura que disputa com Robert Mugabe, o eterno ditador do Zimbábue, o título de mais execrado governante do planeta, é que o País deve confraternizar com qualquer regime que faça praça de prestigiar o Brasil.

– Faltou combinar com Ahmadinejad. Ele não concedeu nada. Ganhou, a custo zero, o reconhecimento que veio buscar. O melhor que fez foi não proferir uma enormidade que acentuasse a sua condição de pária perante o concerto das nações e que, pior do que isso para o Brasil, respingasse em Lula, sob os holofotes da imprensa estrangeira.

– O presidente brasileiro, em todo caso, tratou de se resguardar. A anos luz do Lula que em junho reduziu a um mero “protesto de quem perdeu” as manifestações sem precedentes na República Islâmica contra a maciça fraude eleitoral que manteve Ahmadinejad no poder, desta vez ele disse que “a política externa brasileira é balizada pelo compromisso com a democracia e o respeito à diversidade”. Diante do impassível chefe do governo que executou pelo menos 115 participantes das passeatas em Teerã, sem falar nas prisões e torturas em massa, Lula foi inequívoco.

PMDB e PT

Repercute em outros jornais a entrevista que o governador da Bahia, Jacques Wagner, do PT, deu para o jornalista Fernando Rodrigues, da Folha de S. Paulo. Resumindo:

– Para o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), a aliança regional com o PMDB no seu Estado só será possível se a iniciativa partir dos próprios peemedebistas. A declaração praticamente elimina a possibilidade de reaproximação entre os dois partidos em solo baiano, onde estão rompidos desde agosto.

A notícia acrescenta que, sem essa aliança, o governador deverá enfrentar, entre outros adversários, o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), da fina flor do  PMDB lulista, nas eleições do próximo ano para o governo do Estado.

O livro de Delfino

Hoje, no Solar Bela Vista, começo da noite, tem a festa do lançamento do livro de poesia de José Delfino da Silva Neto, Almas Nuas, editado pela editora “A flor do sal”. O autor, médico, amante do jazz e boêmio moderado, já andou publicando livros, mas na área científica. Médico anestesista, o doutor é Master in Science pelo Wales College of Medicine do Reino Unido.

Depois de ser premiado em vários concursos de poesia, daqui e de alemar, Defino achou que já era tempo de juntar seus poemas num livro com capa e tudo. É o que está acontecendo. Tem prefácio de Vicente Serejo, o afago gráfico do editor Adriano de Souza, também poeta, e elogios calorosos, por fora, de Alex Nascimento, que andou peruando os originais e conversando essas coisas pelas esquinas de Lagoa Seca.

Tirando os iranianos de Ahmadinejad, todas as tribos deverão subir e descer, na noite de hoje, as escadarias do Solar Bela Vista.

Belle Époque

 Amanhã, a partir das 18 horas, nos jardins do Palácio Potengi, Tarcisio Gurgel autografará o seu Belle Époque na esquina. Nada mais belle époque do que o cenário da festa. O belo prédio de linhas neoclássicas passou a ser sede do Governo, exatamente na administração de Alberto Maranhão, o mecenas.

Excesso de papel

Conversinha amena na calçada do Cova da Onça, final da tarde de ontem, dava conta de que setores financeiros da prefeitura estão preocupados com o excesso de gastos na Capitania das Artes. Nos últimos meses houve um exagero no consumo de papel higiênico, ultrapassando o limite  intestinal.

Mais livro Iaperi

Araújo autografa hoje à noite (19 horas) na Siciliano, do Miduei, seu livro No rastro dos cangaceiros, assunto em que ele é peagadê.

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