quinta-feira, 18 de abril, 2024
31.1 C
Natal
quinta-feira, 18 de abril, 2024

Papa Francisco inicia visita a Uganda

- Publicidade -

Entebbe (Lusa) – O papa Francisco chegou ontem à tarde a Uganda, segunda etapa de sua primeira viagem ao continente africano, depois de ter visitado o Quênia. Ao som de tambores, o papa desembarcou no aeroporto de Entebbe, a cerca de 40 quilômetros da capital, Kampala, e foi foi recebido pelo presidente Yoweri Museveni, que está no poder há quase 30 anos.  Muitos ugandeses, de todas as idades, estiveram concentrados ao longo do trajeto do aeroporto ao palácio presidencial, local onde o pontífice tinha na agenda um encontro com Museveni.
Francisco lembra Mártires de Uganda, canonizados há 50 anos
“Minha visita tem como objetivo principal comemorar o cinquentenário da canonização dos Mártires de Uganda feita pelo meu predecessor, o Beato Papa Paulo VI. Espero que a minha presença seja vista também como um sinal de amizade, estima e encorajamento para todos os habitantes desta grande nação”, disse Francisco. Segundo o pontífice, os mártires, tanto católicos quanto anglicanos, são verdadeiros heróis nacionais. “Eles nos lembram a importância que a fé, a retidão moral e o serviço ao bem comum desempenharam e continuam desempenhando na vida cultural, econômica e política do país”, frisou o Papa.

Francisco lembrou que Uganda demonstrou compromisso excepcional no acolhimento dos refugiados, permitindo-lhes reconstruir as suas vidas em segurança e experimentar a dignidade que provém de ganhar a própria subsistência com um trabalho honesto. “O nosso mundo, imerso em guerras, violência e várias formas de injustiça, é testemunha de um movimento migratório de povos sem precedentes. O modo como enfrentamos este fenômeno é uma prova do nosso respeito pela dignidade humana e, acima de tudo, da nossa solidariedade para com os irmãos e irmãs necessitados”.

O Papa disse ainda que embora a sua visita seja breve, ele espera encorajar os vários esforços silenciosos realizados para ajudar os pobres, os doentes e as pessoas com todo tipo de dificuldade. “É através destes pequenos sinais que podemos ver a verdadeira alma de um povo. De muitas maneiras, o nosso mundo vai-se tornando mais solidário; ao mesmo tempo, porém, assistimos com preocupação à globalização duma ‘cultura do descarte’, que nos torna cegos aos valores espirituais, endurece os nossos corações à vista das necessidades dos pobres e priva os nossos jovens da esperança”.

Antes de deixar o Quênia, Francisco denunciou, numa das muitas favelas em Nairóbi, “a injustiça atroz” contra os moradores das favelas africanas e dirigiu-se ainda aos jovens quenianos em um grande estádio da cidade, pedindo-lhes para não ceder à corrupção, ao tribalismo e à radicalização. Neste domingo, o papa viaja para Bangui, capital da República Centro-Africana, país que desde 2013 vive um conflito entre milícias cristãs e muçulmanas.

• Com informações da Rádio Vaticano

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas