Parte dos 61.910 postes de iluminação pública de Natal apresenta problemas em sua estrutura, ocasionados na maioria das vezes por colisões de veículos e desgaste do material. Nesta semana, a reportagem da TRIBUNA DO NORTE percorreu na 30,5 km entre a Ribeira, Praia do Meio, Via Costeira, avenidas Roberto Freire, Salgado Filho, Hermes da Fonseca e a ladeira da rua General Cordeiro de Faria. Ao fim do trajeto, contabilizou por volta de 150 postes inclinados ou com a estrutura comprometida.
Os que oferecem maior risco à circulação de carros e pessoas encontram-se na Via Costeira e na Salgado Filho/BR-101 e são resultado de acidentes automobilísticos. Na via litorânea, um poste do canteiro central ameaça cair e outro foi entortado após uma batida. As duas estruturas são de aço galvanizado e foram instaladas há 15 anos. Já na via urbana, os três postes afetados por colisões são de concreto, com vida útil de 30 anos, e deverão dar lugar à nova posteação, de aço galvanizado revestido por um material que aumenta a durabilidade do equipamento.
#SAIBAMAIS#O supervisor de cozinha Erivaldo Justino Gomes da Silva, 36, diz que o poste em frente ao hotel onde trabalha, na Via Costeira, com risco de cair, “está há vários meses assim”. Ele não sabe dizer o que aconteceu, mas considera que os ventos fortes e a maresia contribuem para que os postes enferrujem e se desgastem. “Pode cair a qualquer momento. Os carros devem tomar cuidado e os pedestres também, pois esperam ônibus em frente”, alerta Justino Gomes.
Em frente à Miranda Computação, na Salgado Filho, há dois postes com problemas. Um deles, no canteiro central, teve a parte quebrada amarrada com corda ao poste – ela ficou presa pelo ferro da estrutura após uma batida e não chegou a ceder. O gerente da loja de informática, José George Pereira de Miranda, 29, conta que o acidente foi há poucos meses e foi ocasionado por uma motorista que falava ao telefone.
“Isso pode cair a qualquer momento, com essa corda velha”, opina. O outro poste com problemas, na calçada da Miranda, foi danificado por outra colisão, seis meses atrás. “É o mesmo perigo: cair sobre alguma pessoa ou veículo que esteja passando”, comenta.
Próximo à passarela de Neópolis, já na altura da via que compreende a BR-101, outra estrutura apresenta problemas. O fiscal de loja José Wellington da Silva Mascena, 27, que trabalha em frente, diz que um acidente aconteceu ali há cerca de quatro meses. “A Semsur fez só retirar a luminária e deixou assim. Acho que só vão remover o poste quando ligarem os novos, que foram instalados há quase dois meses”, critica o fiscal José Wellington.
