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Passarela cai em Parnamirim e obstrui fluxo de veículos na BR-101

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Marco Carvalho – repórter

Uma passarela localizada sobre a rodovia BR-101, no município de Parnamirim, foi ao chão durante o final da manhã desta quarta-feira, 14. Uma carreta que trafegava no sentido Natal-São José de Mipibu atingiu a estrutura metálica, que já apresentava avarias leves. A passarela foi derrubada e deixou um ferido leve, que passava pelo local no momento do acidente. Durante toda a tarde, o Corpo de Bombeiros Militar e o Exército brasileiro trabalhavam na remoção da estrutura para a desobstrução da pista. As autoridades reclamaram do projeto e construção da passarela, que já havia sido atingida outras três vezes e estava com a sua retirada programada.

Por volta das 12h de hoje, os moradores de Parnamirim se assustaram com o estrondo decorrente da destruição da estrutura metálica da passarela. Blocos de concreto foram ao chão, causando mais risco a quem passavam pelo local. De acordo com informações repassadas pelo Exército, uma carreta que carregava uma retroescavadeira atingiu a passarela. Logo depois, o que se viu foi ferro e aço retorcidos na estrada e comprometendo o trânsito nas quatro faixas dos dois sentidos.

Uma carreta de placas KJZ-6105, que estava estacionada sob a passarela, foi atingida. A carga do veículo acabou por amortecer a queda da estrutura, impedindo que o eixo lateral desabasse sobre casas vizinhas. Mesmo assim, blocos de concreto chegaram a atingir um outro veículo. O proprietário reclamou. “Essa passarela está errada desde a sua construção. Desde novembro que um caminhão bateu aqui e nada foi feito no sentido de impedir a queda da passarela”, disse o motorista Jackson Luiz Dantas.
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De acordo com relato dos moradores, em três oportunidades houve colisões de veículos com a passarela, sendo duas delas com carregamento de equipamentos para usinas eólicas. “A primeira ocorreu em novembro, quando a carreta bateu. Já naquela oportunidade percebemos o deslocamento da passarela para fora do seu eixo. Dava para perceber que a coluna não ia segurar”, informou a estudante Lucicleide da Silva, 29 anos. Ela é vizinha da estrutura e acompanhou quando homens do Exército brasileiro deram início a um trabalho de prevenção de acidentes.

“No meio de novembro, os homens do Exército vieram para cá com o objetivo de orientar esses grandes veículos. Propunham desvios para que não houvesse a colisão”, relatou Lucicleide. Hoje, segundo o Exército, soldados alertavam os motoristas para a altura máxima de passagem sob o local: 4,80 metros. “Os homens informaram o motorista da carreta sobre o risco de colisão, mas ele não atendeu ao pedido de parada”, disse o coronel Dantas.

O oficial do Exército teceu uma série de críticas quanto a estrutura do local. “A altura daqui não é o que normalmente se vê nesses tipos de estrutura. O mínimo aceitável são 5,50 metros de altura. Houve um erro no projeto”. Segundo ele, a orientação do trânsito era uma medida paliativa. “O desvios dos caminhões e carretas era uma medida paliativa, enquanto não ocorria a desmontagem da passarela”, declarou.

Segundo o informado, o Exército aguardava a autorização do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para dar início à desmontagem, o que poderia ocorre durante esta semana. Equipamentos dos militares, tais como retroescavadeiras e maçaricos, foram deslocados para o local com intuito de auxiliar na desobstrução da pista. A expectativa era de o processo ocorresse em cinco ou seis horas.

Motorista não percebeu colisão

A equipe de reportagem da TRIBUNA DO NORTE entrevistou o motorista que conduziu a carreta, apontada como causa da queda da passarela. Gil Santos aguardava no posto da Polícia Rodoviária Federal em São José de Mipibu a presença de representantes da empresa para a qual trabalha. Deitado no banco da frente do veículo, o homem estava calmo. “Nem percebi que havia batido, como estão dizendo. Quando estava lá na frente já, fui alertado por um motoqueiro do que havia ocorrido”, disse.

Ele relatou que após isso encostou o veículo em um posto de combustível, onde foi abordado e conduzido pela Polícia Rodoviária Federal. Gil Santos negou que houvessem soldados alertando sobre o risco de colisão. “Não vi nenhum homem avisando nada. Por isso que passei”, afirmou. O motorista disse que é acostumado a trafegar pelo local transportando máquinas. “Sempre passo por ali com essa mesma máquina e nunca ocorreu isso. Não sei o que houve dessa vez”.

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