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Paulinho descarta recursos para comemoração natalina

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O prefeito de Natal, Paulinho Freire, afirmou ontem que os diversos compromissos financeiros pendentes do Município inviabilizam qualquer  investimento em comemorações natalinas, uma das marcas da cidade nos últimos anos. Ontem, o prefeito comentou que é preciso definir prioridades, como retomar o pagamento dos funcionários. Ele pretende pedir que a bancada do Rio Grande do Norte na Câmara dos Deputados e no Senado ajude na busca por recursos federais para enfrentar  a crise.
Paulinho Freire afirma que não há condições de destinar investimentos para decoração natalina
Para Paulinho Freire, que assumiu a Prefeitura com o afastamento de Micarla de Sousa, “a situação é muito difícil e não adiante fazer pirotecnia”. “Vamos trabalhar com responsabilidade e priorizar primeiro o salário dos servidores e depois a limpeza das ruas que estão sujas”, frisou em entrevista na manhã de ontem à rádio 96 FM. Paulinho relatou que os problemas financeiros da capital são “gigantes”, a começar de um comprometimento de aproximadamente R$ 51 milhões/mês somente com a folha de pessoal, quando a arrecadação, segundo ele, não ultrapassa os R$ 60 milhões.

De acordo com o chefe do Executivo, quando é feito o repasse constitucional da Câmara Municipal de Natal, o pagamento dos precatórios e de ônus advindos de decisões judiciais, não sobra praticamente nada. Uma reunião com a bancada federal do Rio Grande do Norte deverá ocorrer ainda esta semana. “Estamos em contato com os deputados e senadores”, destacou o chefe do Executivo.
Reaproveitamento

Apesar da contenção de gastos, os secretários de Serviços Urbanos (Semsur) e da Fundação Capitania das Artes (Funcarte), explica que ainda será decidido o que pode ser aproveitado do material de anos anteriores para que o período natalino não se passe “em branco”. O titular da Semsur, Luís Antônio de Albuquerque Lopes, acredita que a cidade vai ser iluminada e decorada para o Natal, sem gastos novos.

“O prefeito disse que não vai utilizar recursos da Fonte 111 (recursos próprios) na iluminação e decoração natalina. E o nosso planejamento segue a mesma linha. A nossa ideia é recuperar o acervo da decoração e iluminação, assim como religar as árvores de Mirassol e da zona Norte. Tecnicamente há possibilidade de ter a decoração, mas o prefeito pode tomar a decisão de não ter”, disse o secretário.

A presidente da Fundação Capitania das Artes (Funcarte), Camila Cascudo, também aguarda  um posicionamento do prefeito Paulinho Freire para prosseguir com a preparação do Natal em Natal. Segundo Camila, a Funcarte já possui um projeto aprovado pela Lei Rouanet, com patrocinadores sinalizados, no valor de pouco mais de R$2,2 milhões. Nesse projeto estão previstos o Auto de Natal (ainda sem local definido), o Ballet Quebra Nozes (Teatro Riachuelo e o Cortejo Natalina (na avenida Prudente de Morais, próximo a Praça Cívica). Neste caso, também não haveria novas despesas..

Prefeito adia anúncio das mudanças

O prefeito Paulinho Freire (PP) deve anunciar amanhã as possíveis mudanças na administração e medidas emergenciais no município. O anúncio estava previsto para ontem, mas o prefeito resolveu adiar. São duas as metas principais, segundo ele: o pagamento dos servidores ainda com salários em atraso e a limpeza das ruas. Estão previstas ainda ações de recapeamento de 54 ruas, o enxugamento nos gastos, possíveis cortes na estrutura administrativa e a suspensão do pagamento de fornecedores. O chefe do Executivo aguarda dos principais auxiliares um apanhado da situação atual da Prefeitura de Natal (PMN). De posse de um diagnóstico, revelou Paulinho, será feito um prognóstico para os próximos 45 dias, os quais acredita permanecer na chefia do Executivo. Paulinho Freire passou todo o dia de ontem na sede da PMN despachando com secretários e se atualizando de pormenores da administração.

Paulinho Freire tem administrado a cidade buscando a salvaguarda do Ministério Público. “Todas as decisões e ações ele encaminha para conhecimento da Procuradoria”, afirmou uma fonte bem postada no município. O prefeito anunciou que procurou representantes tanto do MPE como do Tribunal de Justiça para sensibilizá-los quanto à situação de “imenso desconforto” do município. “A gente tem que fazer pacto por Natal nesses últimos 60 dias. A cidade está em dificuldade. Se os bloqueios continuarem os servidores permanecerão prejudicados”, disse o prefeito.

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