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Pescadores suspeitam que choque com navio provocou naufrágio no RN

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Valdir Julião e Sara Vasconcelos – Repórteres

Por volta do meio-dia, familiares dos pescadores desaparecidos e moradores da comunidade do Maruim comemoraram a notícia de que a embarcação JEFERSON I teria sido encontrada próximo a Recife. A informação, entretanto, não foi confirmada por nenhum órgão oficial em Natal ou Recife. No Canto do Mangue muitos falam ainda de uma embarcação encontrada próximo a Fortaleza – fora da rota, do JEFERSON I que saiu para dez dias de pesca em alto mar, na divisa entre os dois estados, próximo ao Atol das Rocas. Na casa da irmã do mestre da embarcação João Maria da Silva o clima é de confiança, apesar da falta de notícias e boatos desencontrados.

#ALBUM-3700#

O capitão dos portos, o comandante Rodolfo Goes, não confirma quaisquer informações sobre o aparecimento do barco ou tripulantes. “Estamos em diligencias com a Marinha e a Força Aérea nas proximidades de Recife e do Atol das Rocas’, disse.

O Salva-Mar Recife informou que uma aeronave partiu agora, às 15h, para novas buscas na área. O Atol das Rocas está realizando buscas a cada meia hora.

Mais cedo, às 2h30 desta terça-feira (14), o barco EMANUELLE retornou ao Canto do Mangue sem pistas sobre da embarcação que desapareceu no domingo (12) com seis tripulantes. Os pescadores que estavam no MANUELLE suspeitam que um navio de grande porte pode ter envolvimento com o desaparecimento.

Segundo o capitão dos portos, o comandante Rodolfo Goes, a colisão com uma embarcação   também não pode ser confirmada. “Em caso de choque seriam encontrados vestígios, como destroços, boias e até agora nada”, disse.

Assim como foi repassado à Capitania dos Portos, os tripulantes do MANUELLE confirmaram o último contato com o JEFERSON I no sábado (13), por volta das 20h20. Os dois barcos estavam a pelo menos 200 metros de distância um do outro quando a tripulação do MANUELLE percebeu que um navio de grande porte se aproximava. “Não dava para ver o nome do navio. Estava escuro”, explicou o pescador Marcos Barbosa.

A passagem do navio foi percebida devido às marolas formadas pela embarcação de grande porte. Temendo uma colisão, a tripulação do MANUELLE mudou o curso do barco. Os pescadores informaram que o navio passou entre o MANUELLE e o JEFERSON I, mas que, devido à escuridão, não havia mais como ver onde estava o outro barco, que segue desaparecido.

#SAIBAMAIS#Devido à distância de quase 200km do local onde pode ter ocorrido o naufrágio e a costa, os pescadores afirmam que não há como a tripulação ter sobrevivido caso o acidente tenha ocorrido. “Se o navio ‘torou’ eles mesmo, não tem como estarem vivos”, lamentou Marcos Barbosa, que é cunhado de um dos tripulantes do JEFERSON I.

De acordo com os pescadores que retornaram nesta madrugada, o procedimento padrão dos pequenos barcos é buscar a distância dos maiores em alto mar, para evitar que as marolas virem os pesqueiros. Porém, não há a informação se o JEFERSON I conseguiu manter a distância segura. Durante as buscas na região não foram encontrados destroços.

A presidente da Colônia de Pescadores Z-4, Rosângela Silva do Nascimento, está em contato direto com a Capitania dos Portos para buscar informações sobre as buscas dos tripulantes do JEFERSON I. Os desaparecidos são João Maria da Silva (dono do barco), Francisco das Chagas da Silva, Manoel de Souza Severiano, Denílson do Nascimento Siqueira, José Barbosa da Silva e um pescador conhecido somente como “Hominho”, que não é associado à colônia.

Atualizada às 15h40 para acréscimo de informações.

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