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Pesquisa destaca benefícios do contato com a literatura

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Seis minutos. Esta é a média de tempo que cada brasileiro dedica-se à leitura por dia. O dado é de um estudo piloto feito no ano passado pelo IBGE, no qual foram ouvidas mais de 5 mil pessoas. A conclusão ainda é mais preocupante se comparada ao período diário que o brasileiro passa em frente à TV: duas horas e trinta e cinco minutos. De acordo com uma pesquisa do Bureau of Labor Statistics dos Estados Unidos, a dedicação diária à leitura por lá ocupa 31 minutos nos dias de semana. O caminho dos brasileiros ainda é longo para atingir esta estatística. E com o intuito de encurtá-lo, uma aluna de Pedagogia da Estácio Zona Norte realizou um estudo sobre como incentivar esse hábito desde cedo.
Crianças se divertem e aprendem com atividades lúdicas
Intitulado “Literatura infantil: contribuições para o desenvolvimento da criança na educação infantil”, o trabalho da pedagoga Eliane Reis ressalta a importância da literatura para o desenvolvimento social, emocional e cognitivo das crianças na Educação Infantil, período escolar compreendido normalmente entre zero e seis anos de idade. Para a realização do estudo, a aluna fez uma extensa pesquisa bibliográfica a partir de conceituados autores da literatura infanto-juvenil, como Nelly Novaes Coelho e Marisa Lajolo. O trabalho também tomou por base o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (RCNEI), documento elaborado MEC.

“Pesquisas e estudiosos comprovam que a criança que não desenvolve o hábito de ler ainda cedo possivelmente será um adolescente com dificuldades na aprendizagem e essas dificuldades serão levadas para sua vida adulta”, comenta a pedagoga. Ela afirma que os livros infantis são um importante recurso para que as crianças comecem a ter interesse pelos estudos desde muito cedo. “São ferramentas que contribuirão de forma positiva para o processo de aprendizagem, bem como ao desenvolvimento do seu vocabulário, raciocínio lógico, imaginação e criatividade”, explica a autora do trabalho.

Para a aluna da Estácio Zona Norte, além da escola, os pais têm um papel fundamental para que os pequenos desenvolvam o gosto pela leitura. “Ler para os filhos, apresentar bons livros, com gravuras e cores para que a criança possa fazer sua própria leitura, além de se divertir, são meios que certamente contribuem para a formação do futuro leitor”, esclarece. Segundo a pedagoga, o importante não é somente optar por uma obra consagrada, mas que seja divertida e ao mesmo tempo instrua a criança de alguma forma.

“É bom também que o adulto estimule a imaginação dos pequenos, fazendo-os contar ou recontar a história de acordo com a sua imaginação” completa. Durante a elaboração do trabalho acadêmico, a então estudante de Pedagogia teve a oportunidade de colocar em prática suas conclusões e constatar os resultados positivos, através de oficinas de alfabetização e literatura voltadas para crianças com dificuldades de aprendizagem na Escola Municipal Primeiro de Maio, localizada em Igapó.

No trabalho prático realizado junto ao Projeto “Mais Educação”, do Governo Federal, durante oficinas desenvolvidas no período da manhã e tarde, várias atividades relacionadas à leitura foram desenvolvidas com as crianças. Entre elas, contação de histórias em rodas, trabalhos com fantoches e encenações que permitiam um trabalho de alfabetizar divertindo. “A escola contava com um acervo de livros de diferentes gêneros que possibilitavam o envolvimento das crianças no mundo literário, além do suporte e incentivo dos gestores. Através do projeto, foi observado (por meio de acompanhamento e análise do corpo docente) um rendimento maior dos alunos e avanço em relação à leitura e escrita”, completa Eliane Reis.

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