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Petrobras mantém prospecção para aumentar produção

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A queda na produção de gás natural no Rio Grande do Norte não está relacionada à falta de investimento, assegura a Petrobras. A companhia diz investir continuamente na prospecção de novas reservas de gás para ampliar a produção no RN e explica que manter a produção depende da capacidade que os projetos em implantação têm de compensar o declínio natural das jazidas maduras de petróleo e gás.
Termoaçu tem capacidade para consumir 2 milhões de m3 de gás
A estatal, que não revelou quanto foi investido na produção de gás no Estado, esclareceu que “sempre que existe produção, o volume de reserva diminui, e para que haja o aumento dessas reservas é necessário que sejam implantados novos projetos de produção ou a descoberta de novas acumulações de petróleo e gás natural”.

A Bacia Potiguar, justifica a Petrobras, é uma bacia madura “onde existe um constante esforço exploratório para se descobrir novas acumulações, implantar novos projetos e aumentar as reservas dos campos já existentes”.

A Agência Nacional de Petróleo (ANP) realizará em maio a 11ª rodada de licitação para a concessão de áreas de petróleo e gás natural – depois de um hiato de quase cinco anos. O RN é um dos estados mais bem colocados no leilão, em termos de blocos exploratórios ofertados. Para Bira Rocha, maior produção de combustível significa maior arrecadação e maiores chances de atrair indústrias. “O RN perdeu recentemente uma fábrica de PVC para Alagoas porque deixou de ser beneficiada pela Petrobras em termos de exploração e produção”.

A Petrobras nega que tenha deixado de beneficiar o RN em detrimento de outros estados, embora tenha priorizado a exploração de petróleo em águas profundas no Ceará e não Rio Grande do Norte.

Gás está sendo usado em termelétrica

Com a queda do nível dos reservatórios em todo o país, em função da seca, e o acionamento das termoelétricas, boa parte do gás natural produzido no Rio Grande do Norte está sendo consumido pela Termoaçu, localizada no município de Alto dos Rodrigues. A usina tem capacidade instalada de 367,9 megawatts (MW), produz energia para atender às distribuidoras Coelba, na Bahia, e Cosern, no estado, e 610 t/h de vapor utilizado para a Petrobras, que o injeta nos poços de petróleo.

Segundo a Petrobras, o RN produz, em média, 1,6 milhão de m³ de gás natural por dia. Informações extraoficiais dão conta de que só a Termoaçu consumiria 2 milhões de m³ diariamente. O gás necessário para abastecer a térmica e atender aos outros clientes viria de outros estados e até de outros países, afirma Fernando Dinoá, diretor-presidente da Potigás, que descarta risco de desabastecimento no estado, mesmo com o acionamento de todas as térmicas.

“Afirmo e reafirmo que temos Gás Natural para comercializar, seja oriundo da produção do próprio Estado, seja importado de outros Estados ou Países. No final do ano passado, a Petrobras comercializou para Potigás gás natural originário da África e da Bolívia, apenas para exemplificar que podemos comercializar gás natural de qualquer parte do mundo”.

Gás no RN, segundo ele, só é queimado por questões de segurança e a pedido daANP, nas plataformas da Petrobras. “Quando sobra, vendemos para outros estados. Hoje, há gasodutos atravessando todo o país”, esclarece.

O consumo no estado é bem variado. De acordo com dados da Potigás, 40% do gás natural distribuído pela companhia é usado para abastecer veículos; 53% vai para as indústrias; e o restante é distribuído entre os segmentos comercial e residencial. Só no RN, o número de condomínios que usam gás natural passou de dois, em 2008, para 42, no ano passado. A ideia é chegar a mais 26 condomínios só na Grande Natal em 2013. “A Potigás está investindo na expansão de gasodutos na Grande Natal e em Mossoró, visando a diversificação do uso para todos os setores, com foco principalmente para o residencial e comercial, que são novos setores que vem sendo explorados pela companhia nos últimos anos”, afirma Dinoá.

Taxistas de Natal preferem usar gasolina

Há pelo menos seis anos a cadeia de serviços ligada ao gás natural perde força no Rio Grande do Norte.  “Quem está trocando de carro não está colocando nem etanol, por causa dos preços, nem GNV, por causa das despesas extras”, relatou Genário Torres, presidente da Cooperativa de Taxistas de Natal (Cooptaxi), em entrevista à TRIBUNA DO NORTE em 2012. Segundo o presidente da cooperativa, dos cerca de 1.010 táxis que circulam na capital, 75% rodam atualmente com GNV. Há dois anos, o percentual girava em torno de 90% – um recuo de 15 pontos percentuais em dois anos. “E a tendência é cair cada vez mais”. A Potiguar Inspeções chegou a fazer 30 inspeções de instalação por dia e nenhuma retirada. Esse número caiu em 2012 para quatro inspeções de instalação, sem falar nas quatro retiradas diárias. O investimento necessário para instalar os kits, os custos com inspeções periódicas, e a quase equiparação do preço do metro cúbico ao do litro do álcool  estão entre os fatores que têm impactado o setor.
Pelos cálculos de Genário Torres, presidente da Cooperativa de Taxistas de Natal, mais de 200 veículos preferem usar gasolina ao gás natural ou o etanol

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