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Pisando no freio

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Everaldo Lopes [[email protected]]

Mais cedo ou mais tarde, tinha que haver essa parada pra pensar na discussão de clube, jogador,  treinador, salário a pagar e salário a reduzir. Uma coisa é o futebol inglês, italiano, espanhol, ou alemão, outra são seleções de países sem limite para contratar o jogador fora de série. Num segundo contingente estão clubes  de menor poderio econômico, recursos longe para contratar  os Messis de bola redondinha, cada um faturando milhões de euros  e dólares. No meio, uns 10 brasileiros sortudos, todos já ricos e de futuro garantido. Parados no tempo, pagando a folha dos jogadores e treinadores ninguém sabe como, situa-se o futebol brasileiro. Está chegando o que já era esperado: redução dos salários astronômicos injustificáveis. Que  mérito tem um treinador, às vezes sem currículo algum se não o do trato com os jogadores? Agora, terão de aceitar o que for oferecido pelo clube, sem essa de R$ 400 mil, R$ 300 mil, emprego de poucas horas de atividade, senão os 90 minutos do jogo e os raros coletivos durante a semana. O resto, é mais sorte do que talento.  O dinheiro é tão generoso e farto que, após 10 anos de atividade o treinador já é dono de vários apartamentos, vai viver do que faturou anos atrás.  Querem futuro melhor? 

A outra ajuda
Com os treinadores exigindo salários mais altos do que os lunfas tiravam da Petrobras, os clubes não podem abrir mão dos comerciais estampados no uniforme. Lá estão a toda-poderosa Caixa, o jeito é apelar para os patrocinadores. São nomes que ficaram marcados: Unimed, Guaravitan, Petrobras, BMG, Caixa Econômica, Brahma, Antarctica, a norte-rio-grandense ALE com seus quase mil postos, na camisa do Flamengo durante um bom tempo,  – quem diria, empresa de um norte-rio-grandense sortudo e milionário. Circula tanto dinheiro, que um patrocínio dá apenas para pagar a um jogador. Alexandre Pato, do SP está aí pra comprovar.   

E HAJA DINHEIRO
A “novela” dos altíssimos custos das Arenas permanece acesa. A imprensa pernambucana agora foca o montante que a Odebrecht recebeu, recebe e continuará recebendo pela construção da Arena Pernambuco, visando mais uma para sediar  jogos da  Copa do Mundo. As cifras são tão gigantescas, que se aproximam do bilhão. A construtora tem garantia de receber R$ 73 milhões por ano, durante 30 anos.

E HAJA  (2)
Durante todo esse período, o estádio permanecerá monitorado pela empresa que ergueu o colosso, enquanto cálculos levantados por “experts” no final do acerto de contas, a Arena Pernambuco terá custado R$ 1.76 bilhão. Se a situação é esta, a Arena das Dunas fica ali, lado a lado, embora sem números tão elevados como os do nosso quase vizinho. Lá, a queda de braço é com a Odebrecht, aqui é a OAS.

Clássico x Pelada
Nos velhos tempos do futebol carioca e paulista, quando a “guerra” das emissoras de televisão era restrita apenas à TV Tupi (pioneira, frise-se) e   Globo, com suas filiais, somente do grandes jogos eram transmitidos. Com o tempo, outras emissoras foram surgindo e, hoje, a disputa envolve quatro ou cinco redes. Por isso, o telespectador que não tem tevê paga, contenta-se com a que estiver fazendo a cobertura. Foi o que aconteceu na quarta-feira, a emissora aberta (Globo) mostrava Flamengo x Bangu, mas o jogo principal da noite era São Paulo x Palmeiras. Outra massa de telespectadores, pagando por assinatura, assistia o clássico paulistano, em casa. 

A vez da garotada
Sem dúvida, uma ideia oportuna e merecedora de elogios a disputa da Copa Natal de Futebol, sub-17, com largada prevista para o mês de abril, que está às portas, organizada pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, repetindo  o sucesso do ano passado, agora ganhando mais outras competições, como categorias sub 15, no segundo semestre e sub 17, que vai largar agora em abril. Virão ainda a  Feminina, sub 15 e Copa dos bairros, talvez abrangendo mais disputantes. Muitas promessas poderão surgir nessas competições. A categoria sub 17 terá 30 equipes.

Agressão inoportuna
Jogador agredir adversário é lance quase comum no futebol, embora prefiram palavrões porque o árbitro não ouve. Jogador agredir árbitro, fisicamente, dá punição grave. Aconteceu anteontem no jogo do Jacuipense, campeonato baiano, quando um dos seus  atacantes, de  nome  Meidson, aplicou uns catiripapos no árbitro por não ter apitado pênalti. Com certeza, vai curtir no mínimo uns seis meses como punição. Agressão física ao árbitro é a maior punição do CBDF.

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