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Pista de viaduto novo está cedendo

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Valdir Julião
repórter

Por conta de uma depressão que se abriu no leito da margem direita do viaduto sobre a linha férrea na rodovia federal BR-101, na altura do km 147 e já na área urbana de Goianinha – sentido de quem segue para Natal, os veículos automotores estão sendo obrigados a fluírem pela margem esquerda da pista que liga as áreas turísticas das praias do litoral sul à capital do Rio Grande do Norte.
No sentido Goianinha/Natal, a pista da direita está interditada. Desnível chega a 22 centímetros
O asfalto cedeu, em alguns pontos em praticamente 22 centímetros e quem se atreve a passar a pé pelo local não deixa de ficar assustado, como foi o caso da equipe da TRIBUNA DO NORTE, vez na passagem de carretas e caminhões pesados, dá pra sentir o tremor do viaduto. Outro  trecho critico, onde a pista apresenta rachaduras, fica logo abaixo do viaduto, no sentido de quem vem de Tibau do Sul.

Taxista há cinco anos na praia de Pipa, em Tibau do Sul, o cearense Juan Rogê Raulino Sehn trafega  todos os dias para Natal e diz que a pista cedeu há pelo menos seis meses, mas até então nunca foi feito um trabalho de recuperação por parte do Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (Dnit), que é responsável pelo gerenciamento e manutenção das rodovias federais no país: “Isso não é só aqui não, outros trechos estão horríveis de buracos na BR”.

Além do risco de acidentes, “por ter de estar desviando de buracos a toda hora”, Juan Raulino afirma que tem, ainda, de arcar com prejuízos financeiros e materiais, porque termina fazendo revisão da suspensão do veículo por diversas vezes no decorrer do ano: “A gente tem de explicar para os clientes, porque se faz tanta manobra e o carro solavanca”.

Para Raulino, ao invés do Dnit achar uma solução rápida para o problema, construiu uma lombada na subida do viaduto, no sentido de quem vem de São José de Mipibu, para diminuir a velocidade, principalmente, dos caminhões e carretas que passam carregados de  mercadorias. “Quando fizeram a duplicação da BR já podiam ter visto que no local passaria carros a 100 quilômetros por hora e podiam ter feito uma obra mais resistente”, acrescentou o taxista, que afirmou já ter ocorrido acidentes no local na tentativa de motoristas desviar da depressão.

Já o taxista de Goianinha, Aristelson Faustino da Silva afirmou que a lombada na subida do viaduto foi colocada há uns quinze dias, enquanto os cones dividindo a pista, pra orientação do tráfego de veículos no sentido pra Natal, “foram colocados há uns 30 dias”. Segundo Faustino, antes da lombada o Dnit “havia colocado uns olhos de gatos”, pequenos blocos que iluminam-se à noite com o reflexo dos faróis dos veículos, para diminuição de velocidade dos carros. “Já houve muitos acidentes por aqui, recentemente, um caminhão jogou uma viatura da Polícia Militar dentro guarda-rail”.

Dnit vai acionar empresa responsável pelos serviços
A Superintendência do Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (Dnit)  no Rio Grande do Norte informou, por intermédio de sua assessoria de imprensa, que o afundamento da pista do viaduto sobre a linha férrea, em Goianinha, a 58 quilômetros de Natal e na região Agreste, ocorreu no início de agosto, o que levou o trânsito de veículos a ser restringido em meia faixa.

Segundo o Dnit, no momento os riscos quanto a  acidentes e segurança  são mínimos, em função do tráfego de veículos sobre a área comprometida ter sido interrompido. Também não há risco de desabamento do viaduto.

Para o Dnit, o afundamento da pista deveu-se, possivelmente, a um erro relacionado a deficiência de armaduras. Já está sendo apurado se a falha foi ocasionada por erro de projeto ou de execução por parte do consórcio de empreiteiras Constran/Galvão/Construcap.

De acordo com o Dnit, será executado um desvio naquele segmento rodoviário, ao lado da pista João Pessoa/Natal. Em paralelo, o órgão adiantou que vai se trabalhar na detecção das causas, elaboração de projeto de recuperação estrutural e contratação dos serviços para recuperação do trecho crítico. A partir daí é que serão levantados os custos das obras.

Os prejuízos também serão imputados aos responsáveis, segundo o Dnit, que não tem, por enquanto, previsão para liberação do trecho interditado, que está devidamente sinalizado. Além disso, foram construídas barreiras físicas (lombadas), de modo a reduzir o risco de acidentes na área.

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