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“Planejaremos com a UFRN, com o PT e com gente daqui”

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O senhor já falou que começaria o governo com um birô no Hospital Walfredo Gurgel. Levará esse birô para outras secretarias?
Vou colocar de forma mais didática: eu quis dizer que o drama da saúde é tão grande que estarei presente, para discutir gargalos e soluções junto com os gestores, médicos, além de parceria com associações médica, com OAB, o Ministério Público para visitar todos os hospitais regionais para termos uma radiografia e uma gestão eficiente.

Isso vale para a segurança?
Na segurança, também. Vamos aos presídios, conhecer de perto o sistema prisional. Fiz isso em Caicó e vi a situação crítica em que  não há condições de reinserção social. Queremos ter outras instituições, delegacias funcionando 24 horas e criar as centrais de polícia, que abrigará Polícia Militar,  Polícia Civil, Polícia técnica e o Itep. Um programa arrojado para segurança pública precisa estar previsto no orçamento, nas diretrizes da gestão. Sem isso, como terá dinheiro para contrapartidas, para investir em tecnologia, em ronda cidadão? Precisamos enxugar a folha para convocar policiais. Temos à espera 180 policiais civis concursados para serem chamados. Enquanto isso, no interior, um delegado atende 30 delegacias. Eu defendo a Polícia Ostensiva. Identificar quais os focos de violência: o tráfico de drogas, o crime organizado e atrelar o lado social, com educação e emprego, aos programas de combate a criminalidade. Ter polícia nos bairros com câmeras, comunicação com as centrais, monitoramento o trabalho dos policiais, nas ruas em três turnos de 8 horas.

#SAIBAMAIS#O senhor falou em enxugar a máquina. O Estado passará por reforma administrativa?
Vamos auditar onde está o excesso. Quando conseguir enxugar os contratos que não têm mais resposta para a população, então vamos investir em contratação de policiais, de professores, de médicos. Vamos instituir a carreira médica como carreira de Estado, para garantir o quadro.

Qual a política de desenvolvimento  para o semiárido, uma vez que a economia gira em torno da faixa litorânea e Grande Natal?
Vamos identificar as potencialidades de cada região. Falta investimentos em irrigação, em energia. Investir na agricultura familiar, para assentamentos se transformarem em vertentes econômicas. Fomentar a carcinicultura, a fruticultura, a energia eólica, garantindo infraestrutura e logística para escoamento da produção, além de desburocratizar a questão ambienta e tributária. Fomentar novas cadeias produtivas, como a alimentar. Um estudo que encomendei, mostra que temos um cinturão que, mesmo em anos de seca, de cidades no entorno de Natal que podem ser produtor e até exportador de alimentos.

O senhor aceitaria um possível apoio da Governadora Rosalba Ciarlini? Há alguma aproximação nesse sentido?
Não. Sem possibilidade. Eu sou coerente. Quando eu rompi com a governadora Rosalba Ciarlini foi porque eu discordava do governo dela. Não pude trabalhar na Semarh, não pude implementar meu programa de segurança pública. Discordei das decisões administrativas tomadas por ela, me decepcionei e saí pela porta da frente. Entreguei todos os cargos e saí. E fui para a oposição. Mantenho um discurso crítico e não vou mudar por interesse eleitoral. A governadora já declarou sua posição de neutralidade e o que vemos são aliados, pessoas de sua intimidade, legenda e convívio dando apoio ao candidado da coligação do PMDB ao governo. Isso deixa claro de que lado ela está. Esse é um assunto vencido.

Considerando a crise nas finanças, com atraso de salários, recursos sendo devolvidos por falta de contrapartidas, quanto tempo será necessário para, sendo eleito, restruturar o governo?
É subjetivo falar em dias. Vamos planejar o Estado antes de assumir. Eu acredito na minha vitória, o que devemos fazer depois da vitória, nos três meses de transição, é preparar projetos, ter acesso as informações de modo que, assumindo, nos primeiros meses já tenhamos metas traçadas. Esse planejamento através do diálogo com universidades, o PT e os setores produtivos. Não teremos contratos com consultorias caras e de fora. Temos gente habilitada para fazer isso, aqui mesmo.

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