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PM afirma que suposto refém era comparsa de foragido; delegado discorda

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Alex Costa – repórter
O homem que permaneceu por quase 12 horas supostamente como refém do foragido de Alcaçuz, em Arez, é na verdade um comparsa do criminoso. A informação foi confirmada pela Polícia Militar. Rosiel Luiz da Silva, o Dadão, de 35 anos, foragido há cerca de três meses da penitenciária de Alcaçuz, na versão da PM, contava com a participação de Geovani Figueiredo Silva para enganar as polícias e escapar ao cerco. Porém, de acordo com o delegado Silva Júnior, a família de Geovani apresentou laudos médicos que comprovam a insanidade mental e ele já teria sido liberado. Ele será tratado como vítima.
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O suposto refém, Geovani Figueiredo Silva, de 29 anos, foi solto por volta das 21h, algemado e encaminhado para a delegacia de Arez, onde prestou esclarecimentos e alegou participar da articulação de fuga de Dadão. “Ele não era refém. Apenas um álibi para intimidar a polícia. Estamos certos de que o Geovani, mesmo com problemas mentais, possui envolvimento com o fugitivo”, esclareceu o comandante.
Após um cerco que durou quase 14 horas, policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), numa operação conjunta com policiais militares de Goianinha, Brejinho e Arez, conseguiram recapturar o fugitivo de Alcaçuz Rosiel Luiz da Silva, de 35 anos, foragido há cerca de três meses, quando houve a fuga de doze indivíduos da maior penitenciária do Estado.
Após os policiais identificarem que Dadão já tinha projetado um buraco na parede lateral da casa para a fuga, os agentes iniciaram a invasão da pequena casa de apenas três cômodos, na comunidade de Mundo Novo, município de Arez.
Por volta da 00h15 dessa quinta-feira (23), uma bomba de efeito moral  foi atirada para o interior do buraco feito por Dadão para a fuga. Imediatamente, a residência de taipa, de paredes esbranquiçadas, foi invadida pelos policiais, que encontraram o Dadão sem camisa e completamente sujo de areia.
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“Ele sempre nos pedia um pouco de água, desde o começo, quando ele estava com o suposto refém. Era simplesmente para molhar a areia e facilitar a escavação”, informou o coronel Reinaldo, comandante de patrulhamento do interior (CPI).
#SAIBAMAIS#Após a  tentativa frustrada de fuga, quando queimou folhas de papel higiênico para tirar a atenção dos policiais, Dadão foi recapturado e encaminhado para a delegacia de Goianinha, por volta das 00h30, para prestar esclarecimentos e aguardar o encaminhamento para uma cadeia. O fugitivo é condenado a 48 anos de prisão por crimes como estupro, assalto, homicídio qualificado e outros delitos.
Já Geovani Figueiredo, que prestava esclarecimentos à Polícia Civil, foi liberado após a apresentação dos laudos de insanidade mental apresentados pela família, que comprovaram a necessidade de que ele recebesse tratamento psiquiátrico. O delegado Silva Júnior informou que Geovani será tratado como vítima no caso.
Casa 
O pequeno casebre na comunidade de Mundo Novo não possuía móveis em seu interior. Apenas redes no chão e muita sujeira. Sem calçamento, muita areia e outros dejetos se acumulavam pelos arredores da residência. Uma parede interna servia de proteção para o esconderijo de Dadão. A água e a luz da casa foram cortados logo no início da manhã de ontem, quando a operação e  cerco foram iniciados, por volta das 9h30.

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