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Polícia encerra greve na Bahia

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Heliana Frazão e Tiago Decimo
Agência Estado

Salvador – Reunidos no início de tarde de ontem, em assembleia, os policiais militares da Bahia decidiram pelo fim da greve, iniciada na noite da terça-feira. Eles aceitaram uma contraproposta apresentada pelo governo em reunião no final da manhã, com poucas alterações ao que já havia sido oferecido antes da greve. A proposta foi levada à corporação por uma das suas principais lideranças, o policial bombeiro Marco Prisco, que é vereador pelo PSDB. A greve durou dois dias, com 39 mortos, segundo levantamento realizado até agora e mais de 60 roubos de carros, além de saques em lojas comerciais.
Assembleia geral decide pelo fim da greve, que durou menos de 48 horas, mas levou o caos às ruas das grandes cidades baianas
Os policiais obtiveram a garantia da não punição aos grevistas; a revisão do Código de Ética e do plano de cargos e salários, além da concessão de aposentadoria aos 25 anos de trabalho para chamadas peféns (policiais femininas), entre outros itens, que ainda requerem aprovação da Assembleia Legislativa do Estado. Segundo a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) cerca de dois mil policiais estavam reunidos num espaço de eventos na Avenida Paralela, onde foi deliberado o retorno ao trabalho.

#SAIBAMAIS#As propostas aceitas pelos policiais foram elaboradas durante a madrugada e negociadas com os representantes da corporação durante reunião realizada no final da manhã, na Câmara de Dirigentes Lojistas de Salvador, com a intermediação do Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger. “É muito importante buscar o consenso. Eles me convidaram para ajudar a estabelecer o diálogo, e eu tenho certeza que quem venceu foi a Bahia. A paz é um dom de Deus, que tem que ser buscada e construída todos os dias”, disse o arcebispo ao final da reunião.

Paralelo a esse encontro, o governador, Jaques Wagner se reunia, na Governadoria com o ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, o comandante da 6ª Região Militar, general Racine Bezerra, o secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa e representantes das Forças Armadas, da Força Nacional e da Polícia Federal, para traçar uma estratégia de segurança pública em todo o Estado.

Wagner afirmou que a Força Nacional permanece na cidade até ser percebida a total normalização. “Faremos a avaliação após o feriado”, avisou, enquanto o ministro Eduardo Cardozo disse que houve uma violação do texto constitucional, porque os grevista viabilizaram suas reivindicações “espalhando pânico”.

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