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Polícia encerra inquérito sobre crime

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Belo Horizonte (AE) – O inquérito que investiga o sequestro e assassinato de Eliza Samudio, ex-amante do ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes, foi encerrado ontem. A conclusão será apresentada hoje pela polícia mineira, que investiga o caso. O delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP) de Minas Gerais, encaminhará o inquérito para o promotor Gustavo Fantini, do Ministério Público de Contagem (MG). Entre os crimes imputados a Bruno e outros suspeitos de envolvimento no caso estão formação de quadrilha, sequestro, cárcere privado, homicídio e ocultação de cadáver. Para Moreira, não há dúvidas de que o atleta é o mandante.

Ontem, o pai de Eliza, Luiz Carlos Samudio, esteve no DIHPP e disse estar satisfeito com o trabalho da polícia e acredita que a Justiça será feita. “Nós não temos dúvidas de que o Bruno é o responsável por esse crime hediondo e cruel”, afirmou. O pai de Eliza disse ainda que não vê falhas nas investigações e acredita que esses argumentos estejam sendo usados como estratégia da defesa dos suspeitos de envolvimento no caso. Acompanhado do advogado, Sérgio Barros, ele reforçou que pretende entrar com ação judicial contra o governo do Rio, por acreditar que o Estado tenha sido responsável pela morte da filha. Samudio criticou o fato de modelo não ter recebido a proteção adequada quando fez as primeiras denúncias contra o goleiro.

O pai da vítima também disse que “foi uma sensação horrível” ter visto Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de ser o responsável pela morte da modelo. Ele notou que, ao contrário dos demais suspeitos, Bola se mostrava tranquilo. Samudio disse ainda que vai processar o defensor de Bruno, Ércio Quaresma, pelas declarações de que Eliza pode estar viva e por ter incluído a jovem como testemunha no processo referente ao sequestro e lesão corporal contra ela mesma, no Rio, em 2009. Sobre o filho de Eliza, cujo pai seria Bruno, Samudio disse que vai lutar pela guarda do neto.

Cabeça raspada

Bruno raspou a cabeça no presídio de Contagem (MG), segundo informação da Secretaria de Defesa Social. O cabelo do atleta foi queimado na sua frente, nesta semana, como garantia de que não seria usado em um exame de DNA. O jogador se recusou a fornecer material para o teste. Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e os outros cinco homens presos por suspeita de envolvimento no caso também tiveram a cabeça raspada, conforme a secretaria.

Ontem de manhã, o goleiro e mais seis suspeitos presos – incluindo sua ex-mulher, Dayanne de Souza – foram levados ao Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP). A polícia mineira disse que eles fariam coletas digitais. O procedimento de identificação criminal é preparatório para o indiciamento do grupo.

A iniciativa foi criticada pela advogada Cintia Ribeiro, representante da Ordem dos Advogados do Brasil, subseção de Minas. Ela disse que vai encaminhar relatório ao presidente da OAB-MG, porque “já existe impressão digital, essa coleta não é necessária”.

Além do primo do jogador, Sérgio Rosa Sales, que já estava no Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) de São Cristóvão, anexo ao DI, foram ao local Macarrão, a mulher do jogador, Dayanne, o primo do atleta, Flávio Araújo, o Flavinho, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, Elenílson Vítor da Silva e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. O único suposto envolvido que não foi levado ao departamento foi o primo adolescente do goleiro J., de 17 anos. O processo do menor está separado e ele aguarda julgamento pelo Juizado da Criança e do Adolescente de Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte).

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