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Polícia prende acusado de fabricar armas por encomenda

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Marco Carvalho – repórter

Fuzil, rifle, espingardas e revólveres. Munições de calibres .40, 380, 38, e 44. Além de moldes para fabricar submetralhadoras 9 milímetros. A lista forma o arsenal que estava em posse de José Pereira da Silva Gomes, 41 anos – preso na noite da sexta-feira passada no bairro do Bom Pastor, zona Oeste de Natal. Policiais da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor) investigaram o caso e prenderam o suspeito após uma denúncia anônima. De acordo com a Polícia Civil, o homem, conhecido como “Zeca Armeiro”, é um ex-policial militar expulso da Corporação  e com experiência na fabricação e manutenção de armamentos.
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A Deicor investiga se o homem fabricava armas por encomenda e as fornecia ao mercado criminoso da capital. A polícia chegou ao flagrante após o suspeito decidir levar parte dos armamentos para cromá-los em uma empresa no bairro da Ribeira. Há vinte dias, a denúncia foi realizada e o ex-pm vinha sendo investigado desde então. Após a constatação de indícios de crimes, o delegado Normando Feitosa entrou com pedido de expedição de mandado de busca e apreensão e a 2ª Vara Criminal da Comarca de Natal autorizou a ação.

A abordagem ocorreu na rua João Francisco de Oliveira, no Bom Pastor. Segundo o relato dos policiais, houve resistência por parte do suspeito, obrigando os agentes a invadir a casa e rendê-lo. A Deicor encontrou o armamento após uma revista na residência. Lá, um fuzil calibre 762 de uso restrito das Forças Armadas, além de rifle calibre 44 “papo amarelo”, foram encontrados. Munições diversas e outros tipos de armamentos desmontados foram flagrados.

Chamou a atenção dos policiais a presença de moldes para a fabricação de metralhadoras 9 milímetros. De acordo com o delegado Normando Feitosa, o homem não apresentou licença ou porte para estar com aquele tipo de equipamento. “Será indiciado nos artigos 12, 14, 16 e 17 – que dizem respeito à posse e ao porte ilegal de armas e munições, algumas restritas das Forças Armadas”, disse o delegado em entrevista coletiva durante a manhã de ontem na sede da Delegacia-geral de Polícia (Degepol).

Os armamentos  serão enviados para uma perícia técnica no Instituto Técnico- científico de Polícia (Itep). “Agora será desencadeada uma investigação mais aprofundada sobre o caso. Iremos ver se alguma ocorrência registrou disparos de calibres semelhantes aos encontrados e se há alguma responsabilidade do suspeito”, informou o delegado da Deicor.

Em depoimento à polícia, o acusado confessou que o material encontrado em sua residência é de sua propriedade, no entanto disse que não possui registro em seu nome de nenhuma das armas encontradas. Também negou que consertasse armas para revenda. Detido na cela do Núcleo de Custódia da Polícia Civil, Zeca Armeiro não quis conceder entrevista à equipa de reportagem da TRIBUNA DO NORTE que o procurou no local.

Normando Feitosa destacou a importância do disk-denúncia (181) para desvendar crimes. “Essa prisão só foi possível a partir dessa denúncia e é importante a colaboração do cidadão em informar à polícia qualquer anormalidade”, enfatizou.

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