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Polícia prende cinco dos sete fugitivos da João Chaves

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A ala para presos provisórios instalada em dezembro no Complexo Penal João Chaves, localizado na avenida João Medeiros Filho, na Estrada da Redinha, continua causando problemas para a Segurança Pública do Estado. Na manhã de ontem, durante a visita, sete presos fugiram após quebrar parte da parede da ala e pular o muro do Complexo, chegando até o prédio onde está sendo construída a nova sede da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN). Cinco deles, não ficaram muito tempo livres e foram recapturados.

A fuga aconteceu por volta das 10 horas, mas ontem mesmo a polícia recapturou cinco presosSegundo a direção do presídio, a fuga foi registrada por volta das 10h. Os presos estavam recebendo visitas quando quebraram os cobogós da parede para fugir. Assim que eles foram percebidos escapando do período, a visita foi terminada e os familiares dos presos foram retirados da unidade prisional. O que causou revolta dos demais detentos e, inclusive, um princípio de tumulto.

“Tivemos que tirar todos os visitantes para que fosse feita a contagem dos presos”, explicou a Tatiana Lima, diretora do Complexo Penal. Entre os presos que foram recapturados, estão Bruno Quirino da Silva, 20 anos, preso por tráfico de drogas; Beneto de Oliveira, 22, preso há três anos por assalto; e João Leno da Silva Carneiro, 20, preso por tentativa de homicídio.

Todos os três foram detidos no bairro de Potengi, zona Norte de Natal. Beneto e Bruno estavam juntos, já João Leno foi encontrado pouco depois e, inclusive, foi o único que tentou correr ao ver os policiais militares se aproximando. Resultado: foi baleado na coxa esquerda e precisou passar por atendimento médico. “Já já estou na rua de novo. Quero ver minha filha, que nasceu há seis dias e não tenho nem notícias dela”, contou João Leno. Segundo os policiais militares, inclusive, João Leno pode ter se precipitado ao fugir da delegacia, visto que havia conseguido um alvará de soltura da Justiça. “Não sabia”, justificou ele.

A existência do alvará de soltura não foi confirmada pela Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania (Sejuc). Se tiver, pode ser que não tenha muita força, pelo menos, na visão de Beneto de Oliveira. “Fui condenado há três anos e faz um ano que recebi duas determinações para cumprir pena no semi-aberto, mas continuo no fechado, esquecido lá dentro”, afirmou ele. “Estou só aprendendo a cometer crimes. Entrei por dois assaltos bestas, mas posso sair muito pior, porque fico só alimentando minha raiva”, completou o preso.

Segundo a diretora do presídio, são justamente esses condenados da Justiça que causam problemas no Complexo Penal, que foi inicialmente preparado para presos no semi-aberto, passou a receber provisórios e agora já tem condenados. “Temos 150 presos aqui sem condição para isso”, afirmou Tatiana Lima.

Memória

Complexo Penal

No dia 29 de junho, naquela época com capacidade para 100 presos provisórios, mas já comportando 130, o Complexo Penal Doutor João Chaves, registrou uma nova fuga. Dessa vez, seis detentos provisórios escaparam, depois de abrir um buraco na laje da cela número 3, do bloco A. A fuga  foi a segunda em 2010 – a primeira ocorreu em março, quando fugiram quatro presos – e foi registrada pouco depois do aumento no efetivo dos agentes penitenciários.

O Complexo Penal recebe presos provisórios desde dezembro do ano passado. Além deles, têm também detentos no regime fechado – masculino e feminino e do semiaberto. “Os seis presos que fugiram são recentes no Complexo. Chegaram entre maio e junho. Aqui a rotatividade é muito alta. Quase que diariamente chegam novos presos, enquanto outros são liberados com alvarás de soltura”, explicou o major.

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