quinta-feira, 28 de março, 2024
30.1 C
Natal
quinta-feira, 28 de março, 2024

Polícia procura mais três suspeitos

- Publicidade -

A ação que culminou no assassinato do agente penitenciário Maxwell André Marcelino, de 44 anos, ocorreu na Avenida Everaldo Breves, no centro de Parnamirim. Dois agentes levavam o detento Wilson Rodrigues de Medeiros Filho para o Presídio Estadual de Parnamirim (PEP), quando quatro criminosos, sendo três homens e uma adolescente, fizeram a abordagem.
No veículo da Sejuc, estavam dois agentes penitenicários. Maxwell André não usava colete
Enquanto um dos envolvidos conduzia o Fiat Palio branco utilizado na ação, outros dois homens e a adolescente de 16 anos desceram do veículo e dispararam 17 tiros contra os agentes, que responderam ao ataque e conseguiram evitar o resgate.

O detento foi encaminhado de volta ao PEP, enquanto Maxsuel recebeu atendimento médico do Samu, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no caminho para o hospital. Maxwell André estava sem colete durante a operação de transporte do apenado a uma clínica. O bando fugiu pela BR-101 e apenas a adolescente foi encontrada, após pedir socorro em Canguaretama.

Ao chegar ao Hospital Regional da cidade, a PM não encontrou as pessoas que teriam acompanhado a suposta adolescente. Segundo os relatos das pessoas que presenciaram a chegada dela, um Fiat Palio branco teria sido o veículo que conduziu a adolescente até a unidade hospitalar. As características semelhantes ao do transporte utilizado na tentativa de resgate chamou a atenção dessas pessoas. Com os ferimentos, a suspeita dos presentes aumentou.

A adolescente foi levada ao Walfredo Gurgel com as balas ainda alojadas. Ainda assim, ela  chegou ao local consciente e falando normalmente. Após a chegada da PM, a suspeita preferiu ficar em silêncio e optou por não falar sobre a forma como teria levado os tiros. Ela tem aproximadamente 1,60m de altura, cabelos negros, pele branca, usava um moletom cinza e calça legging.

O detento que seria resgatado pelos criminosos, conhecido como “Folha”, seria beneficiado pela progressão de regime em janeiro do próximo ano, quando deixaria o presídio.

Condenado por homicídio, ele era considerado um detento de bom comportamento. De acordo com o diretor do Presídio Estadual de Parnamirim, Robson Gomes, o preso já havia deixado a unidade prisional outras vezes com agentes penitenciários, que realizaram a escolta para atendimento médico. Em nenhum dos casos, segundo Gomes, houve incidentes.

“Fomos surpreendidos porque não havia motivos para isso. Ele teria a progressão já em janeiro, aí faz um negócio desses. Ele tinha disciplina boa e já tinha saído outras vezes. Nunca deu problemas”, lamentou Robson Gomes.

Wilson Rodrigues de Medeiros Filho está à disposição da polícia para ser ouvido e dar informações que possam levar aos criminosos que mataram o agente penitenciário. Contudo, Pedro Paulo Falcão, delegado que estava de plantão e iniciou as investigações, informou que o apenado deverá ser ouvido pela Delegacia de Parnamirim, que dará seguimento às investigações.

Sindasp/RN atribui crime à falta de estrutura

O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Rio Grande do Norte (Sindasp-RN) divulgou externando “tristeza e indignação” com a morte do agente penitenciário. A entidade também cobrou providências urgentes da Secretaria Estadual de Segurança Pública de Defesa Social (Sesed) para a punição dos responsáveis. 

“Não podemos permitir que um servidor público do Estado, em seu exercício legal da profissão, tenha a vida tirada de maneira tão violenta e os criminosos que fizeram isso continuem nas ruas”, registrou o Sindasp em nota.

A presidente do Vilma Batista, atribuiu o crime à falta de estrutura e sensibilidade dos juízes. Para Vilma, o número de agentes de escolta é insuficiente e, em alguns casos, os magistrados exigem a presença dos réus em todo o andamento processual, o que aumenta a demanda por escoltas.

“São apenas 30 agentes de escolta. Hoje, 12 estavam em São Gonçalo, porque também havia rumores sobre tentativa de resgate. Os juízes têm que entender que não é sempre que dá para levar o preso em segurança, mas se não levarem, os agentes são intimados. É uma situação lamentável”, disse Vilma Batista.  A Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania (Sejuc) divulgou nota informando consternamento pela morte prematura do agente e destacando que “ele prestou um excelente trabalho ao Sistema”.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas