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População contribui com acúmulo de lixo na zona Sul

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A Companhia Municipal de Serviços Urbanos (Urbana) não tem ideia de quanto é o volume de entulhos e de galhos e troncos de árvores resultantes de poda que são jogados diariamente nas ruas de Natal. “Não fazemos a pesagem desse material”, diz o diretor de Operações da empresa, Alexandre Miranda.

Mas, são os chamados RCC – restos de construção civil e podas de árvores que estão invadindo as ruas de três conjuntos da Zona Sul de Natal – Neópolis, Pirangi e Jiqui -, contando com a colaboração dos próprios moradores que jogam nos canteiros, inclusive, eletrodomésticos e móveis em desuso.

“O povo não tem disciplina mesmo não”, disse Júnior dos Santos, que é dono de uma equipadora de som automotivo na rua São Miguel dos Caribes, no Jiqui.

Quase em frente a sua loja e a altura da Escola Estadual Lourdes Guilherme havia, ontem à tarde, um sofá e “metralha” de construção civil jogados sobre o canteiro central da via públicas. “Depois que a Urbana limpar isso aqui vamos colocar – eu e minha vizinha – uma placa avisando para não jogarem lixo”, disse ele.

Dono de uma loja de produtos sertanejos na mesma rua, Johnson Carlos de Souza disse que a Urbana passa limpando tudo, “mas as pessoas fazem a mesma coisa, porque o ser humano é cruel”.

A TRIBUNA D0 NORTE também flagrou, no fim da tarde de ontem, um carroceiro jogando entulhos entre os conjuntos Jiqui e Pirangi “Não tem onde jogar, a gente descarrega aqui”, disse Jeando de Oliveira Pereira, que chega a cobrar de R$ 7 a R$ 10 por uma carrada de entulhos: “Só hoje deixei quatro carradas”, disse ele, que descarregou o material de construção civil no canteiro situado em frente a uma lagoa pluvial.

Pereira confirmou que muitas vezes os carroceiros também jogam os entulhos num terreno situado por trás da Igreja de Santos Reis, no conjunto Pirangi. “A Urbana passa e sempre leva tudo”, dizia ele.

Alexandre Miranda diz que a destinação final dos entulhos, podas e RCCs são de responsabilidade do gerador, no caso os próprios moradores ou empresas de construção civil. Ele disse que a Urbana não tem estudos sobre o volume de material recolhido todo dia em Natal, mas confirmou que, através de um amigo que fez um estudo, soube que o crescimento diário de construção civil “chega a 200 metros quadrados por dia na cidade”.

Segundo Miranda, esse tipo de material não é jogado  no aterro sanitário de Ceará Mirim, mas como é um material inerte e que não traz risco ao meio ambiente, tudo que é recolhido em Natal está sendo jogado numa propriedade privada em Guajiru, também situada à margem da BR-406, que liga Natal a Ceará Mirim, mas no município de São Gonçalo do Amarante.

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