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Preços de automóveis vão subir

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A volta gradativa do IPI deve frear as vendas de automóveis, móveis e eletrodomésticos da linha branca em Natal. Segundo os gerentes de concessionárias e lojas na capital, as vendas voltarão para o patamar normal com o retorno do IPI, previsto para julho. Picos de venda, acreditam eles, deixarão de ser registrados na capital. Isso porque entre janeiro e julho, as alíquotas serão recompostas gradualmente, até voltarem aos níveis normais. A exceção são os caminhões, cujo IPI será zerado permanentemente, as máquinas de lavar e os papéis de parede, cuja alíquota permanecerá em 10% por tempo indeterminado.
Com pátios cheios, concessionárias no Rio Grande do Norte devem manter preço até o final do mês
No caso dos automóveis 1.0, o imposto zerado há alguns meses já está em 2%. A diferença, porém, ainda não está sendo sentida pelos consumidores. Ainda há veículos, móveis e eletros no estoque. Comprados antes da recomposição da alíquota, eles serão comercializados sem o imposto e contribuirão para manter os preços mais baixos pelos próximos 30 dias, em média. “Compramos muito. Ainda temos muito estoque. Isso permite que vendamos pelos preços anteriores à recomposição da alíquota”, afirma Ramom Bernardo, gerente de vendas de uma loja de eletros na avenida Rio Branco, centro da cidade.

Luiz Carlos Zonta, gerente de uma concessionária Fiat, espera que a média de vendas de automóveis na Grande Natal se estabilize, com a volta do IPI. “Antes da redução do IPI, a Grande Natal vendia 1,7 mil automóveis por mês. Com a redução, passou a vender 2,5 mil. Com o retorno do imposto, voltará ao patamar normal, cerca de 2 mil veículos por mês”, calcula. Na concessionária Citröen, gerenciada por Juliano Bandeira, as vendas chegaram a subir 30% após o corte do imposto. Segundo Juliano, ainda é cedo para avaliar o impacto da volta do IPI. Ele confirma, porém, que será difícil manter o mesmo patamar de vendas. Mesmo apostando em lançamentos, Juliano afirma que picos como os registrados em 2011 dificilmente se repetirão.

Para Fábio Patriota, também gerente de uma concessionária em Natal, a queda nas vendas não será tão significativa. “Não há uma expectativa de grande abalo. No caso dos veículos 1.0, a alíquota subiu para 2%, o que representa em média R$ 500 a mais no custo final do veículo. A diferença não chega a ser tão grande”, afirma. Embora considere as condições de pagamento mais importantes que o preço na hora de levar um automóvel, Fábio acredita que as indústrias lançarão promoções especiais para não perder o cliente. “Não esperamos outro boom como o que vimos, mas o segmento não deixará de vender”. Fábio divide a mesma opinião que Luiz Carlos Zonta.

 No plano nacional, além do repasse IPI, algumas marcas vão reajustar as tabelas com a justificativa de “realinhamento”, ou seja, recomposição de custos.

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