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Prédio está abandonado e destruído

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Aura Mazda
repórter

Desde que foi inaugurada, há mais de quatro anos,  a Central de Comercialização de produtos da Agricultura Familiar, localizada no cruzamento das avenidas Capitão-mor Gouveia e Jaguarari, abriu as portas em um único dia: em sua inauguração. Depois da ocasião, o local não teve nenhum dia de funcionamento. Hoje, a estrutura é cotidianamente alvo de depredações e furtos. Está abandonada e destruída.

Antes mesmo de entrar no prédio,  a partir do estacionamento, o abandono é rapidamente percebido. Buracos e desnivelamentos agora fazem parte do que restou do prédio. O esqueleto da estrutura – completamente depredado – encontra-se em estado gritante de esquecimento pelos órgãos responsáveis. Quase toda a estrutura interna ou desapareceu ou está destruída.

A principal porta de entrada, na avenida Capitão Mor Gouveia, feita de vidro, não existe mais, o que restou está despedaçado no chão em meio a restos de alimento, fezes humanas e de animais. O cheiro forte toma conta do ambiente, as paredes abrigam muito mofo. Parte do teto também desabou pelos corredores, tornando o acesso entre os ambientes quase impossível. Os banheiros, hoje são formados por parte do mármore que um dia fez parte da estrutura. As tomadas foram todas arrancadas, parte da fiação elétrica foi furtada.

O prédio, que foi construído com a finalidade de oferecer “conforto, segurança e comodidade aos agricultores e demais usuários”,  abriga animais domésticos insetos. A parte do teto feita de alumínio e PVC está parcialmente destruída, o que possibilita a formação de vários poços de água, que facilmente podem formar focos de mosquito da dengue.
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A equipe da TRIBUNA DO NORTE constatou em visita na manhã seguinte a inauguração que havia em um caminhão parado no estacionamento do prédio, retirando  os bancos que na inauguração ajudaram a decorar o local. “Esses bancos foram alugados para o evento. Estamos pegando  de volta agora”, afirmou à época um dos responsáveis pela mobília.

Em uma reunião realizada em maio de 2013, entre representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST),  a governadora Rosalba Ciarlini, secretários, o Governo do Estado prometeu que, até o fim de 2013, a Central de Comercialização da Agricultura Familiar, seria reinaugurada em Natal.

Na reunião, o Governo do Estado, afirmou que o local não foi utilizado porque havia um impasse na Caixa Econômica Federal. “Havia a informação de que a Prefeitura do Natal, por conta das obras da Copa, precisaria daquele espaço onde está a Central”, explicou a governadora à época. “Mas isso foi descartado e, em 180 dias, vamos inaugurar”, completou. Porém, a reinauguração nunca se concretizou.

A Central de Comercialização da Agricultura Familiar foi inaugurado em 30 de março de 2010, pela ex-governadora do Estado, Wilma de Faria.  Na época da inauguração, o Governo afirmou que apesar da inauguração, ainda seria necessário dois ou três meses – e mais um investimento de R$ 1.570 milhão – para começar a funcionar.

A obra está edificada numa área cedida pela Ceasa, de 5.057,39 m², cujos 2.780 m² são de área construída. Os investimentos na Central são da ordem de R$ 1,4 milhão, fruto de convênio firmado com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, onde o Governo do Estado entrou com a contrapartida de R$ 667 mil. A previsão era de que  Central beneficiasse um público total de 38.976 pessoas, com geração de 13.300 ocupações diretas. A Central tinha a finalidade de funcionar nos mesmos moldes de um supermercado.

O  secretário de Agricultura da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape), Tarcísio Bezerra Dantas, responsável pele edifício, afirma que está ciente que o prédio sofre com a ação de vândalos, mas que a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RN), contratou uma empresa para reparar os danos. “O prédio não está entregue às moscas. Em dois meses a estrutura será reinaugurada, mas só darei mais detalhes posteriormente”, afirma o secretário.

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