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Prefira carne mais magra

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Sem falar nas questões de higiene e procedência da carne a ser consumida no dia a dia, alguns cuidados devem ser observados para reduzir os riscos das doenças cardiovasculares, com relação à quantidade, tipo e modo de preparo.

A dica é optar por cortes mais magros, como patinho e lagarto, deixando os mais gordurosos, como picanha e cupim para ocasiões especiais — churrascos entre familiares e amigos, por exemplo.

Para se ter uma ideia, cem gramas da primeira citada acima tem 15g de gordura e 258 calorias. Já a mesma quantidade da segunda possui 19,5g e 250, respectivamente.

Quanto ao modo de preparo, o mais saudável é grelhado, de acordo com a nutróloga Andréia de Albuquerque Maia, tomando cuidado para não deixar bem passada. A fritura em imersão de óleo a menos recomendada, pois ainda mais a gordura e as calorias. “Em alguns casos, pode-se cozinhar no vapor.”

A nutróloga ainda indica que a carne deve representar cerca de 15% do que está sendo consumido na refeição, variando de acordo com a demanda nutrológica de cada pessoa.

Andréia Maia ressalta o valor da proteína presente na carne como de alto valor biológico, além de ser um elemento estrutural, não podendo ser substituído por outro alimento em sua importância e função. “Para a formação de músculos, de enzimas, para o próprio metabolismo e até para o sistema imunológico a proteína é necessária.”

A carne é rica em proteínas, vitamina B12, ferro e cálcio. Uma alimentação considerada saudável deve ter ainda vitaminas, minerais e macronutrientes como gorduras e carboidratos.

Mais carne na mesa

A cardiologista Fátima Azevedo comenta o fato de a carne está mais presente na mesa do brasileiro. E se isso, por um lado é bom, pois teoricamente o povo estaria se alimentar melhor, por outro, aumenta-se o risco das doenças cardiovasculares. Segundo ela, a mortalidade provocada pelos males do coração deve aumentar cerca de 250% no Brasil até 2020, o que representa um verdadeiro caos em sua opinião.

Baseada no banco de dados do Sistema Único de Saúde (Datasus), Fátima Azevedo também comenta perceber algumas mudanças com relação ao consumo de carne e as cardiopatias. A região Sul, terra do churrasco, conseguiu diminuir a mortalidade cardiovascular nos últimos anos.  Mas no Nordeste e no Centro-Oeste ocorreu justamente o contrário. Já no Norte, os índices estabilizaram.

Apesar dos dados e das descobertas científicas recentes com relação a L-carnitina, a cardiologista não considera a situação preocupante. “Sabemos que hoje existem muitos excessos. O que se recomenda é uma alimentação com todos os ingredientes, proteína, vegetais, leguminosas e cereais. “Comer é necessário. Mas comer bem e pouco”, sentencia. 

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