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Presídios registram revoltas no fim de semana

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Duas grandes unidades penitenciárias do Rio Grande do Norte registraram revolta dos seus apenados durante o final de semana passado. No sábado e domingo, os agentes penitenciários realizaram paralisação de advertência pela segunda vez em duas semanas. A categoria cobra o diálogo com o Governo do Estado e na pauta, dentre outros pontos, está o reajuste salarial dos servidores. Na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, foram registradas duas tentativas de fuga e depredação do pavilhão Rogério Coutinho Madruga, inaugurado no final do ano passado. No Presídio Provisório Raimundo Nonato Fernandes, na zona Norte, presos quebraram grades e cadeados.

Durante a paralisação dos agentes, foi realizada a operação padrão, diminuindo o atendimento, por exemplo, aos presos e sendo suspensa a revista em alimentos. Em Alcaçuz, os presos tentaram fugir do pavilhão, quebrando o pergolado. Pelo menos oito detentos foram flagrados e retornaram às celas conduzidos pelos agentes penitenciários. No domingo, a tentativa se repetiu, dessa vez com outros apenados. Mas falharam da mesma forma.

“Por pouco eles não fugiram. Enfrentamos diversos problemas e um deles é esse efetivo reduzido de agentes”, disse o diretor de Alcaçuz, o agente Cléber Torres Galindo. Durante a manhã desta segunda-feira (30), a direção encontrou um túnel escavado no pavilhão 1 da unidade. Com dois metros de profundidade e 10 metros de comprimento, a estrutura já estava perto de ser concluída e proporcionar a fuga para os presos.

Na unidade na zona Norte da capital, o problema ocorreu durante a noite do domingo passado. Após um colapso na energia do presídio, presos se revoltaram pela falta de luz e o calor excessivo nas celas superlotadas. “Eles não aguentaram ficar sem os ventiladores. Logo se rebelaram e quebraram as grades e cadeados”, informou Almir Medeiros, vice-diretor do Raimundo Nonato.

Durante a manhã de hoje, a direção aguardava a chegada do Grupo de Operações Especiais (GOE) para realizar o levantamento dos danos. Enquanto isso, os detentos permaneciam soltos no pavilhão. “Eles dormiram na parte da quadra e estão lá até agora. A energia ainda não retornou”, disse Almir. O gerador que o presídio dispõe é suficiente apenas levar energia à parte administrativa e para os corredores principais da unidade.

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