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“Pretendemos chegar a outras regiões em 2015”

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Vinícius Menna
Repórter

Com 18 unidades em funcionamento, sendo três delas lançadas este ano, o Pittsburg anunciou recentemente que pretende expandir até o final de 2014 com a inauguração de mais 10 lojas, todas elas por meio do sistema de franquias. As novas lojas  previstas serão localizadas no Rio Grande do Norte, mas também em outros estados do Nordeste.

Em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, o presidente da rede Pittsburg, Kleber Carvalho, conta como pretende tocar o processo de expansão da rede, o que é preciso para ser um franqueado, e também quais são as próximas cidades que receberão a marca que já é tradição na capital potiguar. Kleber Carvalho também analisa como foi a Copa para a rede, avalia as perspectivas de crescimento frente ao atual cenário da economia brasileira e adianta possíveis novas unidades a serem abertas em 2015.
Carvalho, fala sobre os planos de expansão da rede potiguar de fast food, que abrirá 10 novas lojas
Como foi o fechamento do primeiro semestre para o Pittsburg? Foi positivo?

Geralmente nós fazemos um levantamento comparativo de um ano para o outro. Fechamos o ano de 2013 com crescimento de 13,4%, em relação a 2012. Isso contando com a abertura de novas unidades. Mas a faixa que a rede cresce é de 8% a 10%. Nós também fazemos a conta pelos últimos 12 meses e nesse período, vamos conseguir atingir uma média de 15% a 18% de crescimento em faturamento. E o motivo Copa contribuiu para esses números do primeiro semestre.

Acredito que em relação ao mesmo período do ano passado, devemos manter a média dos últimos 12 meses nesse primeiro semestre, entre 15% e 18%. Isso está relacionado também à abertura de novas unidades nesse período, com uma franquia em Cidade Satélite, uma em Assú, e outra em Alagoinhas, na Bahia.

Atualmente, o Pittsburg tem quantas unidades?

Temos uma loja própria, que é a matriz, na Prudente de Morais, e 17 lojas franqueadas. São 11 lojas em Natal, duas em Mossoró, uma em Assú, uma em Campina Grande, uma em Maceió, uma em Aracaju e uma em Alagoinhas.

Em junho, a Copa atraiu clientes na unidade da Prudente de Morais com os jogos da Arena? Qual a sua análise dos resultados obtidos com a Copa?

Nós achamos que teríamos um grande movimento por conta dos jogos do Brasil, mas como tiveram muitos outros pontos que ofereciam outros tipos de atrações, música ao vivo e a própria Fan Fest, não tivemos um retorno tão bom nos jogos da seleção. Acho que as pessoas preferiram ficar mais em casa também, com a família em com os amigos. Mas em relação aos jogos da Arena, como estávamos dentro da área que estava interditada pela Fifa, tivemos uma procura muito grande de quem veio assistir os jogos. Então foi bem acima do esperado. Na loja da Prudente, chegamos a abrir um outro espaço que temos anexo e ainda assim isso não foi suficiente para atender à demanda que tivemos.

Com relação aos dias entre os jogos da Arena, o movimento se manteve aquecido?

Acho que estava dentro do normal mesmo, não houve uma diferença grande.

Como ficou o movimento nas unidades do Pittsburg mais afastadas do eixo turístico?

Nosso objetivo foi investir em divulgar a marca no aeroporto e em outras mídias locais para atrair os turistas, de forma que eles viessem conhecer as lojas da cidade de maneira geral. Mas o que realmente atraiu mais gente foi as lojas nesse corredor de Ponta Negra, na Prudente, no Cidade Jardim, que era um ponto de troca de ingressos. Fizemos divulgação também com produtos que fechamos parcerias, para atrair mais público para toda a rede, mas infelizmente isso não aconteceu, foi mais nos locais onde teve maior concentração de turista.

O Pittsburg tem planos de expansão pelo Nordeste. Como vai ser esse processo?

Está previsto para inaugurar mais uma loja no interior, em Caicó, até agosto ou setembro. E a procura é muito grande. As pessoas procuram uma marca que seja conhecida, que dê segurança, que tenha um know how, e nesse sentido já temos 30 anos no mercado, testamos tudo que tinha para testar.

A grande procura é em Natal, mas podemos dizer que a cidade já não tem mais espaço. A não ser que abra um shopping novo, o que é até provável que acontece nos próximos anos, mas vemos que o número de lojas em Natal já está esgotado.

Então estamos procurando cidades do interior, que tenham capacidade de atender a uma quantidade mínima, de 80 a 100 mil habitantes e que possam abrigar uma loja de porte médio.

Quais novas unidades já estão confirmadas além de Caicó?

Tem também uma unidade em Pipa, cinco lojas em Fortaleza, duas em João Pessoa e ainda uma em Natal, na zona norte.

Elas já tem data prevista para abertura?

Algumas lojas já estão em construção. Acreditamos que até o final do ano já estaremos com todas elas abertas. São 10 lojas que estão por abrir.

E por que expandir através de franquias, e não com lojas próprias?
Abrimos o Pittsburg em 1984 e já tivemos a experiência de abrir cinco, seis lojas próprias. Mas vimos no sistema de franquias uma maneira de crescer com mais rapidez e com investimento mais baixo. Em 2007, procuramos uma empresa de consultoria para montar o nosso modelo de negócio, formatar a rede e assim poder começar a replicar isso para outras pessoas.
Nós achamos que um dono à frente de cada negócio, bem orientado e com padrões exigidos por nós vai ter muito mais resultado do que nós termos várias filiais com gerentes cuidando. O que nós achamos importante e o que deu certo é: Estamos dentro do negócio da gente. É o perfil que nós procuramos inclusive no nosso franqueado, de alguém que queira estar dentro do negócio.

O que é preciso para se tornar um franqueado do Pittsburg?

Nós fazemos uma pesquisa criteriosa para saber qual é o perfil dele, se é empreendedor, como ele lida com o funcionário, se ele vai ficar mesmo dentro do próprio negócio ou não, se vai estar comprando o negócio para acrescentar à renda, mas não vai ficar à frente, optando por colocar um gerente. Vemos também a questão de investimento dele, se é um investidor ou alguém que pretende montar o negócio da sua vida. Fazemos também um test-drive: o franqueado vem para a nossa loja e durante um dia ele conhece a nossa operação. E nesse período nós vamos avaliando como é o dia dele. Essa também é uma maneira dele conhecer o negócio de dentro porque às vezes a pessoa vê de fora, é uma coisa, mas estando dentro do negócio é bem diferente.

Quanto é preciso investir para abrir uma franquia da rede?

Dizemos que para abrir nossas franquias o investimento é a partir de R$ 300 mil a 330 mil, já com a taxa de franquia. Mas isso depende de cada loja. Loja de rua, por exemplo, tem investimento maior. Em shopping, pode ter um investimento menor.

Quais as possibilidades de expandir para outras regiões?

Para esse ano, estamos tentando segurar a expansão só no Nordeste. Mas para o próximo, já deveremos estar expandindo para Centro-Oeste e Sudeste. Então, nós estamos nos estruturando, com os consultores de campo, com o marketing, agência de publicidade, para poder conseguir atender a esses franqueados em locais mais distantes da mesma forma que a gente consegue atender aos que estão mais próximos.

Já tem alguma unidade confirmada para essas regiões?

Temos uma procura grande em Brasília, Goiânia, Belo Horizonte. Mas depende muito da construção de shoppings. Estamos dando preferência para entrar em shoppings porque já tem um certo movimento, mesmo sabendo que cada shopping novo tem o seu tempo para se tornar maduro, mas acreditamos que ele acaba trazendo um público para a loja. Mesmo com grandes redes ao redor, acreditamos na força da nossa marca e vemos que expandir por meio de shoppings acaba sendo mais interessante do que através de lojas de rua.

As projeções apontam para um Brasil crescendo menos em 2014. Isso não inibe investimentos em franquias?

Acho que o sistema de franquia mostra o contrário, que está tendo um crescimento em relação a outros negócios. Cada vez mais, as pessoas procuram um negócio que já foi testado é já está formatado do que tentar montar um negócio do zero.

O endividamento das famílias vem aumentando e com isso é natural que o consumo de alimentos fora de casa fique em segundo plano. Como essa situação impacta as vendas?

Nós tentamos trabalhar pensando de outra forma. Tem pesquisas nossas que mostram que os clientes costumavam vir de duas a três vezes por semana e isso realmente está diminuindo. Agora, o cliente acaba vindo uma vez na semana, duas no máximo. Tem gente que vem uma vez por mês. Então, o que temos que correr atrás: é das classes C e D, que tem um volume de pessoas maior e que está saindo cada vez mais para comer fora. Ou seja, aumentando o número de clientes, embora eles não possam vir com tanta frequência como antes, de repente vamos ter um aumento repondo o fluxo de pessoas que vem à loja.

Qual a tendência para o restante do ano?

Estamos esperançosos. É um ano de eleição, que deve gerar uma movimentação. Acredito que vamos atingir nossos objetivos e crescer ainda esse ano. Acho que atingiremos nossa meta, que é de 15% de crescimento no ano.

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