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Problemas e obras da Mor Gouveia

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Marcada pela descontinuidade, as obras do binário e da drenagem da avenida Capitão-Mor Gouveia são além de um desafio para a Prefeitura de Natal, um ‘nó’ para o fluxo de veículos em vários trechos da Mor Gouveia. No Km-6, para evitar os buracos, quem vem de carro tem de fazer desvios por trecho próximo ao  posto de gasolina. A dona de casa Gilvani dos Reis Silva, afirma que além do transtorno causado pela lentidão do trânsito há a insegurança. “Ainda se corre o risco de assalto”, diz ela.
O rompimento de uma galeria pluvial abriu uma cratera na faixa esquerda da pista de rolamento da Mor Gouveia
Além da conclusão das obras do binário, o funcionário público Francisco Xavier da Silva torce pela conclusão da drenagem pluvial da avenida Capitão-mor Gouveia com a rua São José. Durante as chuvas, os alagamentos são constantes nessa área. Francisco Xavier afirma que, no sábado (27), chegou a conversar com o secretário municipal de Obras Públicas e Infraestrutura, o engenheiro Tomaz Pereira de Araújo Neto, que esteve em visitação nos trechos críticos e lhe informou que a finalização das obras dos túneis de drenagem “vão dar uma solução definitiva para as inundações das casas”.

De forma paliativa, a Empresa Industria Técnica S/A (EIT) está finalizando a instalação de uma bomba submersa para escolar água de chuvas provisoriamente, até a conclusão do sistema de drenagem. Segundo Tomaz Neto até a segunda quinzena de julho o Ministério das Cidades deve responder sobre a liberação dos R$ 32 milhões previstos para conclusão das obras de drenagem, “porque está analisando o custo detalhado da obra” com as adequações que serão necessárias.

Em 2 de junho, a Semov havia anunciado a retomada das obras de readequação da avenida Capitão-mor Gouveia, dentro do Lote 1 das obras da Copa do Mundo. O titular da Semov afirma que os recursos destinados às obras de urbanização e mobilidade urbana (lote 1), cuja execução tinha término previsto até a Copa de 2014, estão garantidos na Caixa Econômica, mas a empreiteira responsável por sua execução a EIT, vinha enfrentando dificuldades para tocar a obra por falta de repasse de R$ 60 milhões da parte dos governos estadual e federal em relação ao andamento de outras obras à cargo da construtora.

Até agora, 37,7% da obras físicas do binário da avenida Capitão-mor Gouveia foram concluídas e, segundo Tomaz Neto, já houve o pagamento de 44,5% do custo previsto, que é de R$ 119,3 milhões.

O secretário afirma que, em virtude da necessidade de readequação do projeto original,  dos atropelos causados pelas chuvas do meio do ano em 2014, roubo de material a ser empregado na sua execução e pelas dificuldades financeiras enfrentadas pela à EIT, as obras do binário deverão passar do prazo de conclusão, que era de dois anos, com previsão de término em novembro de 2015.

Acidente
Enquanto seguem as obras da Capitão-mor Gouveia, o secretário Tomaz Neto explica que algumas intercorrências  que vêm aparecendo em certos trechos da Capitão-mor Gouveia, não é decorrente de obra mal feita,  como é o caso a cratera, onde caiu um automóvel Corsa, na manhã de ontem, próximo ao km-6. “O buraco foi decorrente do rompimento de uma galeria de cimento amianto da Caern”, justifica.

Segundo o secretário, essa é a terceira vez que se abre um buraco no leito do asfalto da Capitão-mor Gouveia por causa da ruptura de tubulação de ferro ou amianto da rede de distribuição de água da cidade. Ele disse que entrou em contato com a Caern, mas como ontem era ponto facultativo na empresa e nas repartições públicas, por conta do dia de São Pedro, recebeu a informação de que a Caern taparia e faria hoje a recomposição da pavimentação asfáltica daquela avenida.

Pontos críticos e obras executadas
1-  O rompimento de uma galeria pluvial, de cimento amianto da Caern, abriu uma cratera na faixa esquerda da pista de rolamento da Mor Gouveia (sentido Km-6/Cidade da Esperança), segundo explicou Tomaz Neto. Um automóvel Corsa caiu no buraco, na manhã de ontem. Essa é a terceira vez que se abre um buraco no leito do asfalto da avenida por causa da ruptura de tubulação de ferro ou amianto da rede da Caern.

2- Um dos pontos críticos para o fluxo de veículos está no Km-6. Motoristas reclamam das más condições do trecho. “A gente tem de dar o maior arrodeio pelo Bom Pastor e gasto R$ 10,00 a mais de gasolina por dia”, afirma a vendedora Patrícia Rodrigues de Azevedo, que mora em Parnamirim, mas trabalha na região.

3- Francisco Xavier da Silva reside há 16 anos na rua Carnaúba dos Dantas, 39, mas desde então só entrou uma única vez pela porta da frente da casa. “Por conta das inundações, a gente construiu uma rampa no acesso à garagem e essa mureta fechando a porta de entrada da casa. A nossa entrada, agora, é pela lateral da casa”, diz ele. Ele ainda levantou um “murinho” na lateral e fazer uma comporta para contenção das águas pluviais.

4- A EIT está construindo uma mureta de concreto no canteiro central da Mor Gouveia, próximo ao cruzamento com as avenidas Bom Pastor/Pedrinho Bezerra. Obra é necessária, segundo a Semov, “porque os motoristas trafegavam por cima do canteiro, destruindo o meio-fio”.

5 – Está em execução na Mor Gouveia a instalação de bomba submersa para drenar, provisoriamente, as águas da chuva, a partir do poço de visita (PV) situado na esquina da rua São José, até conclusão das obras dos túneis de drenagem.

6- Na confluência da Mor Gouveia com a rua Monsenhor Augusto Franklin,  em Lagoa Nova, a EIT retomou a construção da calçada.

7- Está também em execução a instalação do restante da rede de distribuição de água da Caern. Estão sendo instalados
70 metros de tubulação de 300 milímetros – na altura da rua Eusébio Rocha, depois de ocorrida a interrupção dos trabalhos  para não atrapalhar o trânsito durante a Copa, entre junho e julho de 2014.

Memória
O titular da Semov, Tomaz Neto, lembrou que o primeiro projeto do binário, finalizado em 2010, previa o alargamento da rodovia federal BR-226, a rua Felizardo Moura e Capitão-mor Gouveia, o que incluía a desapropriação de 525 prédios residenciais e comerciais. Em 29 de dezembro daquele ano chegou a ser assinado o contrato, com a ordem de serviço saindo em 10 de maio de 2012.  Porém, segundo o secretário, quando a atual gestão assumiu a administração municipal, encontrou uma ordem de paralisação das obras datada de 15 de outubro de 2012.  Na época, criou-se uma  associação de moradores e comerciantes que conseguiu sustar o projeto da forma em que ele se encontrava. Daí, houve a readequação do projeto do binário, sem a desapropriação dos imóveis e alargamento das avenidas, que proporcionou uma economia de R$ 18,6 milhões. “O projeto que custava R$ 137,9 milhões caiu para 119,3 milhões”, disse Tomaz Neto. Só então foi dada nova ordem  de serviço para execução das obras em 1º de novembro de 2013.
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