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Processamento de castanha em cooperativas despenca

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A Cooperativa Central de Agricultura Familiar (Cooafarn), em Apodi,  que chegava a processar 200 toneladas de castanha, por ano, não cortou nem 10% deste total em 2015: cerca de 18 mil quilos. Com a queda na produção, das onze minifábricas instaladas nas cidades de Assu, Campo Grande, Caraúbas, Apodi, Portalegre, Touros, Pureza, Macaíba, Vera Cruz, apenas a de Severiano Melo continua no corte da castanha.

“Com o alto custo de produção e baixa na safra tivemos que concentrar a atividade em uma. E não temos boas perspectivas, já que perdemos mais de 50% dos cajueiros, pela idade, a praga e a seca. O problema é a falta de políticas públicas”, diz a presidente da Cooafarn, Fátima Torres.

#SAIBAMAIS#A restruturação da cadeia da cajucultura passa pela recomposição dos pomares. Segundo ela, enquanto o Governo do Piauí distribui por ano cerca de 1 milhão de mudas, no Rio Grande do Norte o programa deixou de ser realizado nos últimos quatro anos. Além disso, ela defende a automatização do processo de corte da castanha in natura que segue, do núcleo de Severiano Melo, para o beneficiamento na indústria.

“Tivemos que partir para outras atividades, estamos trabalhando com polpa de fruta, com leite. Temos 714 agricultores familiares agregados  na cooperativa”, disse.

Na região de Serra de Santana, produtores conseguiram melhorar a produção com melhorias no controle de pragas, técnicas de manejo de solo e de cultivo. Em 7,1 mil hectares de cajueiros plantados, foram produzidos 2,6 toneladas de caju e 2,8 toneladas da castanha.

“Conseguimos uma produtividade de 364 toneladas por hectare, o que já é um avanço para a situação de seca e cajueiros antigos”, disse o presidente da Cooperativa de Desenvolvimento Sustentável de Produtores de Frutas, Francisco Canindé  da Costa.  

 Os entraves para produzir, pontua ele, vão desde a baixa capacidade de investimentos dos produtores e de capital social para se organizar para produzir e comercializar a mercadoria. “Não tem capital de giro e, devido as condições, não se consegue a produtividade, não há como cobrir os custos operacionais”, afirma.

Cerca de 90% de tudo que é produzido no Rio Grande do Norte é destinado ao mercado local, seja para beneficiamento na indústria Usibras, em Mossoró, ou em minifábricas instaladas em municípios produtores, como Serra do Mel e João Câmara. Nesta última, são processadas por semana cerca de 30 toneladas de castanha.

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