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Produtores do Baixo Açu cobram agilidade

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O início da implantação do perímetro irrigado do Baixo Açu ocorreu no ano de 1989. No entanto, os serviços de administração, operação e manutenção da infraestrutura de uso comum foram implementados cinco anos depois, em 1994. Passados vinte anos, o projeto que prevê a utilização de seis mil hectares de terreno não foi completamente implantado. Na última sexta-feira, dia 15, membros do  Distrito Irrigado Baixo Açu (Diba) – responsável pela administração do perímetro – cobraram da secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape) a licitação de mil hectares que ainda faltam ser ocupados.
Pedro Fonseca é um dos pequenos produtores da região do Vale do Açu. Suas culturas, principalmente banana, não se perderam por causa de cinco poços artesianos que existem na fazenda
A área não utilizada corresponde à segunda etapa do projeto. Atualmente, o perímetro possui 172 irrigadores, entre empresas e pequenos produtores, que utilizam três mil hectares na região. A ideia é que o número de irrigadores dobre com a implantação da segunda etapa, O presidente do Diba, Guilherme Saldanha, cobra celeridade do Governo. “O projeto emprega, hoje, três mil pessoas. Já perdemos muito espaço para outros Estados com essa questão. O Governo precisa atrair empresas”, diz.

#SAIBAMAIS#O Governo do Estado já começou a realizar a regularização fundiária de dois mil hectares da segunda etapa. Treze empresas já estão aguardando o início dos trabalhos que devem começar em fevereiro de 2015. Resta ainda mil hectares a serem licitados. “Queremos que o Estado faça isso também”, afirma Saldanha.

Questionado se o fato da atual configuração da barragem Armando Ribeiro Gonçalves – com pouco mais de 40% de sua capacidade total – e o alerta da ANA sobre a possibilidade de suspender as atividades do perímetro caso esse índice chegue aos 30% não poderiam atrapalhar os planos do Diba, Saldanha foi enfático. “Vamos esperar até quando para fazer? Sou sempre otimista. Acredito na mudança de cenário”, pontua.

Otimismo também é o que move o agricultor Pedro Joaquim da Fonseca, 65 anos. Ele é um dos pequenos produtores na região do Vale do Açu. A propriedade dele não está dentro do limite do perímetro irrigado e a plantação de banana e outras culturas que cultiva não se perderam por causa de cinco poços que existem na fazenda. No entanto, para levar água às plantações, o custo com a energia elétrica é alto. “Minha esperança é que olhem para gente. Gasto muito com a conta de luz, mas se não for assim, perco tudo”, garante.

No mesmo município, o também agricultor Sebastião Feitosa Ribeiro, 63 anos, lamenta as perdas das últimas safras. Apesar de morar a poucos quilômetros da barragem Armando Ribeiro Gonçalves, falta água na propriedade onde ele trabalha. “O caçimbão está secando. A água é apenas para os animais. Não consigo plantar mais nada”, diz.

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