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Professor da PUC faz palestras em Natal sobre os males intestinais

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A Sociedade de Gastroenterologia do RN promove na quinta-feira, 24, às 20h, na Associação Médica do RN, três palestras proferidas pelo professor de Gastroenterologia e Cirurgia Digestiva da Faculdade de Medicina da PUC em Campinas (SP), Flávio A. Quilici. Ele aborda os temas “Constipação Intestinal”, “Microbiota Intestinal e as Doenças Digestivas” e “Transplante de Fezes”. As palestras fazem parte do “1º Curso de Atualização em Gastroenterologia”, pioneiro no Rio Grande do Norte.

Serão abordados os aspectos referentes ao diagnóstico da Constipação Intestinal (popularmente: prisão de ventre) e o tratamento mais atual. Além disso, o professor irá detalhar a importância da flora bacteriana intestinal e sua relação com diversas doenças do Aparelho Digestivo. E, ainda, irá uma nova modalidade de tratamento para colites graves: “Transplante de Fezes”.

Apesar de parecer estranho, o transplante é a única alternativa de cura para pacientes que sofrem da chamada colite pseudomembranosa, que causa diarréias persistentes, que podem levar à desidratação e até a infecção generalizada. Esse tipo de colite é causada pela Clostridium difficile, uma bactéria que normalmente habita a flora intestinal de cerca de 10% das pessoas, mas costuma não incomodar porque há um equilíbrio natural entre as bactérias.

Uma pesquisa feita por cientistas holandeses e publicada no New England Journal of Medicine em janeiro deste ano trouxe a técnica de volta – mas por outras vias – e constatou que o transplante de fezes é realmente a alternativa mais rápida e eficaz para o tratamento, em comparação com o uso da vancomicina.

No estudo, os pesquisadores analisaram três grupos de pacientes: o primeiro e o segundo foram tratados com os antibióticos e o terceiro grupo fez o transplante. A cura do problema foi tão rápida no terceiro grupo (a diarréia cessou em 85% dos voluntários na primeira infusão) que o estudo foi interrompido, já que os médicos concluíram que seria antiético manter os outros pacientes com medicamentos, sem bons resultados. Na segunda infusão, a diarreia cessou em 95% dos participantes. O grupo holandês fez o transplante por meio de uma infusão de fezes feitas por uma sonda no nariz do paciente, chegando no duodeno.

Aqui no Brasil, para evitar constrangimentos aos pacientes e até mesmo a possibilidade de refluxos, em vez de usar a sonda no nariz, coloca-se a sonda no intestino (jejuno) por meio de uma endoscopia alta, após sedação do paciente. O Curso de Atualização em Gastroenterologia” teve início em 2013 quando foram ministradas 22 aulas.

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