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Professores saem em defesa do piso

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Nada mais simbólico para os professores – há anos em luta por uma independência financeira – do que encerrar na tarde de ontem o ato pelo Dia Nacional de Luta em Defesa do Piso Salarial Nacional da Educação na Praça 7 de Setembro, Centro de Natal.

Professores fazem ato pelo Dia Nacional em Defesa do Piso“No Brasil já é comum o desrespeito às leis”, dizia o artista natalense Donizete Lima, que cantou no encerramento da manifestação dos professores em frente à Assembleia Legislativa, conclamando a categoria a continuar com suas reivindicações, como o cumprimento do acordo feito com o governo estadual para implementação do  piso salarial de R$ 950,00.

Professor de carreira, o  deputado estadual Fernando Mineiro (PT) disse da dificuldade que foi a luta pela aprovação do piso  salarial. Mas, segundo ele, isso pareceu mais fácil “do que fazer cumprir” pelos gestores públicos em níveis estadual e municipal.

Mineiro incitou os professores que se encontravam na Praça 7 de Setembro – em torno de 600, segundo os organizadores da marcha que saiu às 15h30 da Praça Cívica e percorreu as avenidas  Deodoro e Rio Branco, que o  caminho para exigir dos governantes a implantação do piso salarial “é esse mesmo, colocando a tropa na rua”.

Durante a manifestação organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sinte-RN) e com o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outras entidades sindicais, a chamada “Oposição Unificada” à atual diretoria do  Sinte distribuía panfletos, denunciando que a luta histórica é pela criação do piso nacional de salários de R$ 2.005,00, relativo a agosto deste ano e calculado pelo Departamento Intersindical de Estudos Econômicos e Sociais (Dieese).

A “Oposição Unificada” que tem entre os seus líderes o professor e dirigente do PSTU Dario Barbosa de Melo, acusa “todos os governistas de carteirinha” de abandonar a luta histórica por um piso salarial de 20 horas e não de 40 horas “que só interessa” ao presidente Lula, à governadora Wilma de Faria, à prefeita de Natal, Micarla de Sousa e aos demais prefeitos do RN.

Dario Barbosa disse que o governo estadual não cumpriu o acordo fechado com o Sinte em abril, como implementar o piso de R$ 712,00 para 30 horas, que hoje é de R$ 612,00, e a partir daí com “os acréscimos percentuais de 5% se chegar ao piso que foi aprovado”.

Segundo Barbosa, o governo também não vem fazendo a promoção por “letras” em sua plenitude e quando publicou a relação dos promovidos no “Diário Oficial do Estado” não efetuou o  pagamento na folha de agosto. “Nem a folha suplementar que prometeram, saiu”, afirmou.

O Dia Nacional de Defesa do Piso Salarial tinha como finalidade principal, a de pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) a julgar o  mérito da ação em que governadores de cinco estados contestam a criação do piso salarial dos professores, que tinha de ser implantado desde janeiro deste ano.

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