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Propina foi registrada como custo da obra, diz empreiteiro

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São Paulo (AE) – O ex-diretor-presidente da Camargo Corrêa S.A., Dalton Avancini, disse ontem à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras na Câmara que o pagamento de propina era contabilizado no balanço da empreiteira como “custo da obra”. Avancini afirmou que o repasse às diretorias da estatal era assunto “restrito” dentro da empreiteira e que só alguns diretores sabiam da prática.

“Não era objeto de divulgação”, ressaltou. Ele afirmou que o doleiro e empresário Alberto Youssef era o operador do PP e que este participou ativamente para realização de pagamentos para a Diretoria de Abastecimento da Petrobras. De acordo com Avancini, Youssef punha-se como um “facilitador” e eles se encontraram “algumas vezes”.

“Você, às vezes, pedia uma agenda com o Paulo Roberto (Costa, ex-diretor de Abastecimento da petrolífera), demorava. Você falava com o Alberto Youssef e ele viabilizava. Tinha bastante poder (como facilitador junto a Costa)”, afirmou. O ex-diretor-presidente da Camargo Corrêa S.A. disse que não sabia do “histórico de crimes” do doleiro e empresário. “Foi um erro brutal induzido pelas circunstâncias dos fatos”, declarou. No depoimento, Avancini também apontou o empresário Júlio Camargo como outro operador do esquema de corrupção.

Ontem, o presidente da CPI da Petrobras na Câmara, Hugo Motta (PMDB-PB), decidiu notificar a Polícia Federal e a Interpol de que o lobista Julio Faerman, representante da SBM Offshore no Brasil, encontra-se foragido e deve ser preso. O pedido da prisão foi assinado na noite da última terça-feira.

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