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Protesto montou acampamento na Governadoria

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Na avaliação do presidente do Sinpol, pequenos atos podem fazer a diferença na área de segurança pública, como se fez no domingo (22), quando 150 policiais em carros próprios correram para a Redinha, a fim de prender os suspeitos dos assassinatos do policial aposentado Geraldo Souza e do agente de Policia Civil Alírio Nobre Sousa, seu filho: “Também já saímos inúmeras vezes de delegacias em carro próprio, deixamos de ir pra investigação na viatura, porque o carro estava encostado sem combustível”.

Os operadores de segurança pública montaram acampamento no pátio em frente à Governadoria, colocaram cruzes brancas em sinal de luto pelas mortes dos policiais, mas até o meio da tarde de ontem, não tinham uma resposta do Gabinete Civil sobre o agendamento de uma audiência com o governador Robinson Faria.

Macedo denunciou a ocorrência de assédio moral dentro de delegacias e da Sesed contra os policiais que reclamam da falta de condições de trabalho e se recusam, às vezes, a sair em diligências em viaturas irregulares e sem documentação por causa do atraso no pagamento de taxas do Detran e IPVA.

#SAIBAMAIS#Segundo Macedo, existem casos de suspensão de policiais por 60 dias, em decorrência de recusa a ir pra rua “e o delegado dizer, mando você pra outra delegacia ou para o interior, isso não pode existir dentro de uma instituição policial”.

Além disso, Macedo afirmou que até agora não viu a Sesed formar um grupo de investigação para conter ou apurar as ameaças feitas contra policiais. “A caça às bruxas já começou faz tempo, só o governo do estado que não tem visto isso. Existem áudios dentro dos presídios, o crime organizando determinando quais os policiais que vão morrer, pagando pelas cabeças dos policiais e até agora não vi um grupo formado para investigar, autuar e barrar esses aparelhos de celulares dentro dos presídios”, declarou.

Quanto aos investimentos em recursos humanos, o sindicalista disse que o governo alega que tem atendido algumas coisas, como as promoções de praças da PM e de agentes da Policia Civil, que algum tempo não fazia: “Mas isso é uma luta antiga, passamos 20 anos sem promoções, depois de muita greve, a lei saiu em 2010 para a Policia Civil e ano passado para a Policia Militar”.

Por fim, o presidente do Sinpol lembrou que desde 27 de agosto a categoria aguarda uma resposta do governo a respeito da pauta de reivindicações apontando melhorias para a segurança pública, como a transferência de presos durante 24 horas para o sistema prisional, “para que não fiquem em delegacias”; retiradas de pessoas estranhas ao quadro da Policia Civil, “que ainda existe no interior”; aumento de efetivo por concurso público; reforma e construção de delegacias, sala de atendimento individual para feitura da BO; criação do plantão da Zona Oste em Natal e de plantões nas delegacias regionais, climatização e informatização de todas as unidades policiais, terceirização dos serviços de apoio e aquisição de equipamentos de proteção individual, como coletes, algemas e armas e de uso coletivo para cada unidade policial.

Sindicalista não vê melhorias implantadas
A  presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Rio Grande do Norte (Sindasp-RN), Vilma Batista, disse que as medidas feitas até agora pelo governo, para melhorar a área de segurança pública, não tem sido suficiente pra reduzir a criminalidade. “Nós, agentes penitenciários não podemos dizer o mesmo, muitas promessas feitas,  mas nenhum investimento direto na infraestrutura para melhorar o sistema penitenciário ou as condições de trabalho dos agentes”.

Vilma Batista disse que até agora a categoria aguarda a assinatura do Estatuto dos Agentes Penitenciários, que o governador Robinson Faria prometeu depois que voltasse da viagem a Portugal. “Esse Estatuto trata da normatização do agente penitenciário, porque reflexo financeiro não tem”, alertou.

A presidente do Sindasp disse que, afora isso, as policia civil e militar ainda tem o mínimo de condições de trabalho, como armas, coletes, viaturas, “mas os agentes penitenciários não tem absolutamente nada”.

Além disso, segundo ela, o Sindasp cobra do governo, por exemplo, concurso público para agentes penitenciários, porque existem 914, mas hoje precisam de cerca de 1.500 e adoção do Procedimento de Operação Padrão (POP), que não existe e nem é aplicado dentro  dos presídios.

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