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Quando os holandeses estiveram aqui

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Pode até soar estranho, mas o surgimento dos primeiros vestígios de uma identidade genuinamente brasileira está intimamente ligado a presença dos holandeses no litoral do Nordeste no século 17. Foram os brasileiros, e portugueses que viviam na colônia, à revelia da corte, que organizaram o levante contra os invasores. Em pé de guerra com a Espanha, a coroa portuguesa considerava o Brasil moeda de troca para conseguir apoio da Holanda na retomada de sua soberania; e por muito pouco o idioma oficial falado pelos tupiniquins não foi o holandês.
O autor dedicou 5 anos aos dois primeiros livros
A intrincada trama que envolve o período de dominação holandesa (1630-1654) serve como pano de fundo para o romance “A Terra do Açúcar”, de Pedro Guilherme Cavalcanti, médico e entusiasta das letras e da História. Os dois primeiros volumes da série, “A Guerra Holandesa” e “O Traidor e o Patriota”, serão lançados nesta quinta-feira (31), às 18h30, na Pink Elephant. O autor prevê a publicação de cinco volumes para dar conta da aventura, que foi em três partes: a conquista holandesa, a manutenção da ocupação e o levante brasileiro. Um volume sai por R$ 49,90 e os dois custam R$ 79,90. Os livros saem pelo selo Jovens Escribas com patrocínio do Sesc-RN.

“Sempre me interessei por História, desde pequeno, e quando comecei a ler sobre a presença holandesa aqui no Nordeste fiquei fascinado. São tantas reviravoltas, dignas de um roteiro de cinema, que decidi aprofundar a pesquisa”, disse Cavalcanti, que faz sua estreia no campo literário com “A Terra só Açúcar” – antes havia escrito alguns contos.

Ele garante que é tudo ficção, “um romance com personagens e fatos reais” que respeita o que de fato aconteceu. A narrativa está embasada em registros de cronistas da época como o alemão Ambrosius Richshoffer, um dos personagens de “A Terra do Açúcar”, que em 1677 publicou o “Diário de um soldado da Companhia das Índias Ocidentais”; o frei português Manuel Calado (1584-1654); e as “Memórias de Duarte de Albuquerque”, o quarto donatário de Pernambuco que viveu de 1517 a 1584 e entrou para a história como o primeiro e único visconde de Pernambuco.

Cartas antigas que contextualizam o cenário histórico também foram inseridas na obra de Pedro Cavalcanti. “Estou disponibilizando todas essas referências no site terradoacucar.com.br como complemento dos livros”, disse Pedro Cavalcanti, adiantando que nos próximos volumes os episódios dos massacres de Cunhaú e Uruaçu serão esmiuçados. “Uma coisa é certa, apesar de termos de um lado católicos e do outro protestantes, o massacre foi resultado da guerra que garantiria a manutenção da ocupação independente de religião”, garante.

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