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Quem autorizou o pagamento?

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Espaço Livre [ Agnelo Alves ]

Que me perdoe o Senhor Jesus, mas a Semana Santa já não é celebrada como antigamente. Não que eu esteja julgando o que é pecado e o que não é pecado, sequer que seja normal ou venial. O preço do peixe ficou mais caro porque é Semana Santa. A “Garota Safada” foi o maior sucesso na balada da Semana Santa. O que tem uma coisa com a outra? Simplesmente que o dia seguinte era balada de aleluia, todos cantando: “Ai, ai, ai… Mete com mais força que eu quero mais”…

Não contabilizo os mortos de ontem e hoje, claro. Só terça-feira. Mas todos os jornais, a mídia toda, aliás, publicou, nas manchetes da vida, que os mortos já somavam mais de 50% nos três primeiros dias da Semana Santa deste ano, em comparação com os mortos de toda a Semana Santa do ano passado, especificamente nas estradas verdes e amarelas, agora tintas de sangue, do nosso Brasil Varonil.

É possível – até me penitencio se for verdade – que o festival de coisas assim, profanas, tendo a Semana Santa como pano de fundo, tenha começado com o roubo de galinha para comer na madrugada de aleluia, no amanhecer do sábado. Quando cheguei aqui, em Natal, a coisa estava já numa progressão justificável para a época. Angicos era uma coisa. Natal era outra. Peguei o jipe da TRIBUNA e todo poderoso, como diria a toda poderosa, me mandei pelas estradas em busca de um burrego…

Coitado do dito cujo. Berrou alto em busca da mãe. Freei e a turma desceu, cercando o pobre coitado que batizamos como “Jasmim”. Nunca fora tão fácil. O difícil seria escondê-lo. Um amigo de Érico Hackradt, nosso chefe, ofereceu-se para esconder “Jasmim” num sítio, ali pela cercania de onde é hoje o Bom Preço. Fomos direto para lá. Antes de chegarmos, alguém sentenciou que era perigoso. Na porteira estavam dois “cabras de peias”, armados até os dentes.

Pisei forte no acelerador. Poderoso… O jipe da TRIBUNA. A estas alturas, onde deixar “Jasmim”? A partir daí, só Meroveu sabe, mas nunca disse. Quem sabe não dirá agora? Érico mandou que deixássemos “Jasmim” no quintal da casa do desembargador Virgílio Dantas. Quem ousaria roubá-lo lá? A verdade é que “Jasmim” não amanheceu onde o deixamos. Tínhamos que descobrir. “Pei-buf”. A turma dos irmãos Mota, Joca e Álvaro.

Retomar “Jasmim”? Sim e não. Na votação, a terceira via. Iríamos todos saborear “Jasmim” com os Mota. Ponto pacífico. Meio-dia, chegamos todos. Bem recebidos, claro. Cosido, torrado, assado, arroz, farofa, guaraná, cerveja, o escambal, inclusive discursos. Terá começado por aí a celebração profana da Semana Santa? Minha culpa, minha máxima culpa.

Quem autorizou o pagamento?

O procurador da Prefeitura, Bruno Macedo, informou, oficialmente, que determinou a suspensão do pagamento do precatório milionário. Quem vai devolver os mais de 19 milhões de reais já pagos? Quem autorizou o pagamento? Quanto falta pagar e durante quanto tempo? Nunca houve um precatório tão milionário na história dos precatórios no Brasil e no Mundo.

Vem mais coisas por aí.

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