Do regional ao universal. Desde que surgiu, há 43 anos, o pernambucano Quinteto Violado sabia que a mistura faz parte das melhores trilhas sonoras. A obra de Luiz Gonzaga é tema da apresentação que o grupo faz nesta sexta-feira, às 21h, no Teatro Riachuelo. O show é baseado no CD e DVD “Quinteto Violado Canta Gonzagão”, uma releitura criativa dos clássicos do rei do baião – que vai muito além do baião e seus derivados. 
“Aplicamos o nosso estilo ‘free nordestino’: a melodia original da canção com inserções de salsa, tango, jazz, e algo mais”, afirma Dudu, tecladista do quinteto em entrevista ao FIM DE SEMANA. Ele lembra que o próprio Luiz Gonzaga aprovou – com louvor – a versão do grupo para o clássico “Asa Branca”. “Ele nos contou que ficou emocionado e chorou quando ouviu a nossa versão no rádio pela primeira vez. Considerou o mais belo arranjo já feito pra sua canção”, diz.
A partir desse incentivo e de uma relação duradoura com Gonzagão, o Quinteto Violado ficou à vontade para reler a obra do Velho Lua. “O difícil foi escolher o repertório. Sempre fica a sensação de que algo ficou de fora, mas escolhemos as canções mais emblemáticas”, explica. A única que não é de Gonzagão é “São João de Seu Luiz”, composição do Quinteto em homenagem ao músico.
As releituras do Quinteto Violado, segundo Dudu, respeitam a melodia da música, mas sempre acrescentam algo, detalhes modernos e nuances recriadas para manter a qualidade das versões. Para o show, uma surpresa: a participação especial da sanfoneira Carol Benigno, uma natalense de 14 anos que eles descobriram num show em Exu (PE). “É uma pérola, um talento nato. Será uma maravilhar apresentar esse talento na própria terra”, conclui.
Serviço
Quinteto Violado canta Gonzagão.
Sexta, às 21h, no Teatro Riachuelo.
Preços: R$140 (camarotes) e R$100.
Tel.: 4008-3700.
