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Recém-nascida raptada em Apodi é encontrada em casa desocupada

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Atualizada às 19h11

Após ser encontrada, menina foi entregue a mãeApodi – Cerca de 15 dias após sofrer um aborto espontâneo, a dona-de-casa Maria das Graças Soares Gomes, de 31 anos, foi presa em flagrante por ter seqüestrado uma criança com apenas três dias de nascida. Ela confessou aos policiais que entrou no Hospital Maternidade Claudina Pinto, situado bairro Baixa da Alegria, e pegou a criança sem nenhuma dificuldade, passando despercebida pela segurança e pelos funcionários. Porém, depois se arrependeu e abandonou a criança dentro de uma sacola, por trás de sua casa.

O sumiço de uma criança do sexo feminino, filha da dona-de-casa Iaskara Katayane Silva de Góis Benevides, 32, foi descoberto por volta das 7h30 de desta terça-feira (23). A partir de então, todas as forças de segurança da cidade foram mobilizadas para tentar localizar a criança e, consequentemente, prender a pessoa que sequestrou o bebê. Desde as primeiras horas, a polícia já tinha suspeitas de que Maria das Graças teria levado a garota, o que veio a ser confirmado no início da tarde desta terça. A menina havia sido abandonada dentro de uma sacola, em um cômodo de uma casa que estava em construção, por trás da casa de Maria.

Ela mesma teria ligado para a Central de Operações da Polícia Militar (COPOM) e informou que uma criança havia sido abandonada, mas não disse que ela mesma era a sequestradora. A criança foi conduzida imediatamente para o hospital e, após análise da equipe médica, foi constatado que a menina não apresentava nenhum problema de saúde. A partir de então, segundo o delegado regional de Mossoró, Caetano Baumman de Azevedo, que está respondendo pela Polícia Civil em Apodi e outras cidades daquela região, a polícia concentrou sua atenção na localização da suspeita, o que ocorreu pouco tempo depois.

À polícia, Maria das Graças confessou que realmente tinha sequestrado a criança, mas disse que se arrependeu logo depois, quando chegou a sua casa. A mulher contou para os policiais que tinha ido ao hospital apenas para verificar sua pressão e que ao ver a criança, lembrou do bebê que havia perdido há menos de 15 dias e resolveu levar àquela outra para casa. “Mas quando chegou em casa, segundo o que ela nos disse, viu que aquela criança não era sua, se arrependeu e ligou para a Polícia Militar, dizendo o local que a criança havia sido abandonada”, comentou o delegado Caetano, que autuou a suspeita por sequestro e cárcere.

Pelo que informaram os policiais que tiveram contato com Maria das Graças, ela ainda estava visivelmente abalada, horas depois da prisão e, provavelmente, ainda portava sequelas do aborto espontâneo. “Ela está chorando muito aqui. Não parou de chorar um só minuto. Dá para ver que ela ficou com algum tipo de problema psicológico”, disse um dos policiais que participaram da operação em Apodi, ressaltando, que mesmo assim, a suspeita foi autuada em flagrante e será encaminhada hoje para a Segunda Delegacia de Polícia Civil de Mossoró, que funciona de maneira improvisada como uma espécie de prisão feminina.
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Insegurança

A fragilidade da segurança no Hospital Maternidade Claudina Pinto, em Apodi, foi exposta após o sequestro de uma criança recém-nascida, que foi levada de dentro da unidade. De acordo Conceição Pinto, técnica em enfermagem daquela unidade hospitalar, o local não dispõe de nenhum tipo de dispositivo de segurança, como sistema de câmeras ou até mesmo seguranças particulares durante o horário de funcionamento.

A única segurança do local é um vigilante que trabalha somente durante o horário noturno. Se o sequestro desta terça-feira tiver sido uma ação casual, como disse a suspeita, a falta de segurança é ainda mais perceptível. Ainda segundo Conceição, Maria das Graças chegou cedinho ao hospital, dizendo que ainda estava grávida e que, aos poucos, foi ludibriando funcionários e a mãe da criança, Iaskara
.
Depois de ganhar a confiança de todos, Maria das Graças pediu para segurança a criança e aproveitou quando a mãe estava sendo medicada por funcionários para fugir do hospital. Ela saiu com a criança nos braços, sem ser percebida por ninguém.
O diretor geral do hospital, o médico João Pinto, e o diretor administrativo, Josinaldo Cardoso, estavam na Delegacia de Polícia Civil da cidade prestando esclarecimentos sobre o sequestro do bebê de três dias.

Ainda não há uma previsão de que o esquema de segurança do hospital passe mudanças depois do ocorrido, mas a técnica em enfermagem daquela unidade, diz acreditar que haverá melhorias para evitar outros casos. “Aqui nunca houve isso. Apodi é uma cidade tranquila, acho que por isso a gente nunca se preocupou com essas coisas”, disse a funcionária do hospital.

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