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Reforma do Mercado da Seis será retomada em maio

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MERCADO - Dilma Lúcia da Silva explica que as vendas estão péssimas no mercadoA vendedora Dilma Lúcia da Silva, 60 anos, ainda não havia vendido nada por volta das 10h30 de ontem no Mercado da Seis, no Alecrim. Com a grana da venda, ela pretendia comprar bode e fígado para aumentar a variedade do cardápio aos clientes. Mas estava difícil. Uma hora antes, o secretário municipal de Serviços Urbanos (SEMSUR), Raniere Barbosa, anunciava num café da manhã para a donos dos boxes do Mercado que a reforma do espaço será retomada em maio. Segundo ele, além do piso de cimento, que passará a granito, haverá melhorias na iluminação, telhas e reorganização dos estandes. Os comerciantes do Mercado aguardam ansiosos pelas melhorias. Dona Dilma, há 16 anos trabalhando no local, que o diga. “O movimento tem diminuído muito. Para você ter uma idéia, até essa hora não vendi nada. Queria comprar um bodezinho, um fígado para vender… mas não tenho capital. Precisamos também de segurança. Embora aqui não tenha briga, tem sempre os papudinhos que aparecem todos os dias e afastam os clientes. A caixa d’água aqui também só serve para lavar a louça. Para beber, nem pensar”, relata.   

 Olhando a conversa de longe, o vigia Marcos Ramos procurou a reportagem para desmentir o que dona Dilma havia falado sem ao menos saber do que se tratava. E foi logo disparando. “Esse povo reclama de tudo. Não paga nada e quer mandar aqui. Reclamam que falta segurança, mas eu estou aqui de vigia. Querem tudo”, disse se defendendo.

O problema é que as reclamações não ficam restritas a apenas um comerciante. O vendedor de frutas, José Antônio Cabral, 44 anos, diz que a mudança precisa ser geral. “Tem que mudar tudo aqui. Do piso  à estrutura… o movimento vem caindo ano a ano, a gente não pode com a concorrência do comércio. E a população quer novidade, quer ver uma coisa bonita. E não tem nada disso aqui no Mercado da Seis, que existe há 32 anos e nunca passou por uma reforma. Nem os próprios moradores do Alecrim gostam de comprar aqui”, disse o comerciante que trabalha há 20 anos no mesmo local.

As mesmas reivindicações dos comerciantes são também dos consumidores. O biólogo Francisco José da Costa, 58 anos, que faz parte da feira no Mercado, também reage ao estado lamentável do Mercado. “O problema do mercado da Seis é, também, um problema de higiene. Os banheiros sujos, a própria dedetização… tem que mudar mesmo”, afirmou.

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